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Camaçarico 16 de novembro 2021


Pantomima A prefeitura de Camaçari anuncia a retomada, nesta terça-feira (16), das obras de requalificação da praça da Matriz, em Vila de Abrantes.  Nascida sob o signo da polêmica, graças a baixa capacidade da gestão do alcaide Antonio Elinaldo (DEM/UB) de entender a importância do espaço como marco histórico da fundação do município, e uma das primeiras povoações do Brasil, obra retoma praticamente com o mesmo traçado.


Pantomima 2 Não foram suficientes os apelos de historiadores, pesquisadores, parte da imprensa, e de outros setores da sociedade que defendiam a mudança no projeto, como mostrou a Coluna em maio (Confira). A discretíssima, demorada e quase imperceptível interferência da OAB, e a ação, também com inexplicável ´delay` do Ministério Público (MP) ajudaram a engrossar esse caldo de descuido e descompromisso com a memória da cidade e com parte importante e ainda pouco conhecida da história do Brasil.


Pantomima 3 Nesse conjunto de atores, a Câmara de Vereadores de Camaçari, que deveria ser um agente de participação e até interferência para a correção de tamanho equívoco, preferiu um papel que não lhe pertence. Como se fosse espectador, abriu mão de um lugar que é seu por determinação constitucional. Afinal, o Legislativo é pago para agir em defesa da cidade.


Pantomima 4 Fecha essa encenação o CAF, estrutura internacional de apoio a obras e programas de desenvolvimento na América Latina. Sob o pretexto da pandemia seguiu distante e sem a devida fiscalização dos R$ 2,5 milhões que emprestou para a obra de requalificação da praça da Matriz.


Pantomima 5 Chama a atenção nesse festival de omissão o comportamento da secretária de cultura, a doutora Márcia Tude. A titular da Secult, apesar de coordenar o recente tombamento da Igreja do Espírito Santo, elemento principal e referência na histórica praça da Matriz, com seu traçado do século XVI, foi incapaz de propor mudanças no projeto (Confira).


Pantomima 6 Outra coadjuvante importante nesse filme de descuido com a memória de Camaçari é a doutora Andrea Montenegro. De sobrenome famoso na história da cidade, a titular da pasta do desenvolvimento urbano (Sedur) sequer se deu ao cuidado de ler a legislação municipal, o PDDU e suas implicações sobre importante sítio histórico, apesar da grita e do alerta feito em junho pelo Camaçarico (Confira).


Pantomima 7 Com o aval da Secult e da Sedur, a doutora Joselene Cardim, titular e todo-poderosa da pasta da infraestrutura (Seinfra) seguiu seu cronograma. Atropelou a proposta de criação de um memorial/marco da presença dos índios Tupinambás e dos jesuítas na formação desse novo aldeamento, um dos primeiros do então Brasil colonial.


Pantomima 8 Mas, a ausência de um olhar compromissado com o resgate do passado e sua importância para o futuro de Vila de Abrantes como polo turístico e de desenvolvimento sustentável, não conta apenas com o apoio do alcaide Elinaldo e seu trio de vereadores preocupados apenas com seus benefícios eleitorais paroquiais imediatos.


Pantomima 9 A tratorada da doutora Joselene também combustível no silêncio de quem se diz oposicionista e alardeia nas redes sociais preocupação com a cidade. Nessa conta entram os 4 distraídos antigovernistas e seu chefe, o ex-prefeito Luiz Caetano (PT), que sequer disparou uma flecha ou rezou um Pai Nosso em defesa de um projeto realmente conectado com a história da cidade que tanto diz amar, defender, etc, etc, etc.


Pantomima 10 Nem mesmo o movimento do Ministério Público, e a ação da OAB-Camaçari, que apesar de possuir assento no ConCidade, orgão colegiado da Sedur com função deliberativa, consultiva, fiscalizadora e normativa, conseguiram propor e garantir modificações significativas no projeto.


Pantomima 11 Esse quase nenhum avanço tem seu ato final com o termo de compromisso para ajustamento de conduta (TAC). Documento assinado no dia 27 de outubro, pelo promotor Luciano Pitta, do MP, e pelo alcaide Antonio Elinaldo, apenas define como modificações a retirada da cobertura do quiosque 4, e dos tetos da quadra poliesportiva e do anfiteatro. Pelo visto, está ´tudo como dantes no quartel de Abrantes`.


Mimo  Mesmo com 12 meses de distância das eleições de 2 de outubro de 2022, o alcaide de Camaçari, Antonio Elinaldo (DEM/UB), já aparece como como nome para vice na chapa de ACM Neto para governador. A sugestão é dos vereadores Junior Borges  (DEM/UB) e Geraldo Junior (MDB), presidente dos Legislativos de Camaçari e Salvador, respectivamente.


Mimo 2 Na lista dos que consideram o gestor de Camaçari um bom nome, aparece apenas aliado garantido, como o presidente do PSC, Heber Santana. Até quem não sabe se vai apoiar Neto, ou se adere ao nome do PT na disputa estadual do próximo ano, botou cereja no bolo de Elinaldo. O presidente do MDB e ex-deputado Lucio Vieira Lima disse ao jornal A Tarde que o partido ainda não definiu, mas sua condição de “observador do mundo político” reconhece que o nome de Elinaldo é uma boa sugestão.


Mimo 3 Quem está acostumado com o ´mundo político`, como diz o irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima, sabe que o movimento é precipitado e contraria o calendário das articulações. O vice de qualquer chapa em condições de vitória só sai nem meados do próximo ano, pouco antes das convenções de junho, depois de muita negociação e ajustes para garantir que esse nome agregue mais capital político à chapa. 


Champanhe  Quem anda radiante com a possibilidade de eleição do desembargador Nilson Soares Castelo Branco,  para  a presidência do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA),  é o petista Luiz Caetano.


Champanhe 2 O ex-alcaide de Camaçari e atual secretário de relações institucionais do governo do estado só tem a somar com essa eleição. Amigos desde os tempos em ele atuava em Camaçari, Caetano acompanhou e ajudou na trajetória de Castelo, até virar desembargador do TJ-BA por indicação do então governador Jaques Wagner (PT). Advogado de reconhecida competência, Castelo foi sócio do atual procurador-geral da República, Augusto Aras, num escritório de advocacia em Salvador. 


Champanhe 3 Estão na disputa com Castelo os desembargadores Carlos Roberto Santos Araújo, Cynthia Resende, Gardênia Duarte e Jefferson Alves de Assis. Eleição com o voto dos 62 membros do colegiado acontece nesta quarta-feira (17).


João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor


16/11/2021 Fechamento às 16h


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