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Coluna Camaçarico 11 de agosto 2025


A Secretaria de Desenvolvimento Social e os invisíveis
Cidade do Saber completa 18 anos e ainda não virou a chave
O assassinato de um adolescente de 14 anos e a violência em Camaçari 
O Giro na Cidade e a força da TV via internet


Esquecidos Com carência de técnicos e dificuldades para realizar até o básico, como distribuição de cestas, kit enxoval e outros benefícios, a Secretaria de Desenvolvimento Social de Camaçari (Sedes) vem dando uma aula de como não cumprir as políticas públicas determinadas pelo Sistema Único da Assistência Social (SUAS).


Esquecidos 2 Os tropeços da gestão da doutora Jeane Gleide são tão grandes, para uma pasta com orçamento diferenciado e ajuda federal, que nem o Espaço Conviver funciona. Inaugurado na gestão 02 (2005/2008) do alcaide Luiz Caetano (PT), centro de apoio e acolhimento a dezenas de idosos está com suas atividades suspensas. Mais grave que a reforma iniciada no começo do ano e sem data para acabar, é a falta de alternativa de atendimento.


Esquecidos 3 Apesar do discurso de fazer diferente, a nova Sedes segue a fórmula do antecessor. Continua sem enxergar o seu real papel. Lista dos invisíveis vai além da população 60+. Se completa com a redução das ações do Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua, o Centro Pop, e a Casa da Criança e do Adolescente, isso sem falar na precariedade das outras unidades que formam a rede SUAS.


Esquecidos 4 Relegada a condição de ´primo pobre` desde a inauguração da Cidade do Saber (CDS), em 2007, também na gestão 02 do alcaide Caetano, espaço de educação e inclusão de jovens carentes do município é outro exemplo. Numa Camaçari cada vez mais violenta e excludente, a Casa da Criança segue funcionando sem a estrutura e os avanços necessários que assegurem condições mínimas de competitividade a seus alunos. Quadro só não é pior por conta da dedicação e qualificação do seu time de técnicos e educadores.


Esquecidos 5 Tragédia, antes vivida apenas pelo primo pobre, atravessa a rua e se reforça com o agora ex-primo rico. Se nada mudar, a Cidade do Saber, fechada para reformas e comandada por outra pasta, a da Cultura (Secult), volta a funcionar sob a velha lógica do escolão.


Esquecidos 6 Como registrou a Coluna em várias postagens, estrutura festejada desde a sua criação, dentro e fora de Camaçari, graças a um eficiente projeto de marketing, a Cidade do Saber se distanciou do que deveria ser seu eixo, ao não executar uma política eficaz de inclusão real de jovens.


Esquecidos 7 A prefeitura de Camaçari, patrocinadora do projeto, que completou 18 anos em março, errou e queimou dinheiro público ao optar e insistir na equivocada e problemática gestão do Instituto Professor Raimundo Pinheiro. Sem nenhuma transparência, ONG com seus penduricalhos, salários astronômicos e transformada num cabide de empregos para aliados, foi responsável pela gestão do equipamento nos 10 primeiros anos de funcionamento da CDS.


Esquecidos 8 Apesar das pressões do sucessor e aliado de Caetano, Ademar Delgado, a poderosa ONG foi maior e seguiu gerindo o projeto. Mesmo com o afastamento da ONG na gestão seguinte, essência da desigualdade na CDS continuou nos 8 anos do adversário do grupo petista, o alcaide Antonio Elinaldo (União).


Esquecidos 9 Apesar de exibir significativos avanços, a CDS terminou somando monumentais recuos, como o fim dos projetos musicais sinfônicos, de dança, de artes cênicas, de esportes, de pessoal técnico para o setor de entretenimento. Com programação cada vez menos representativa, a cidade perdeu até o estímulo de ir ao 2º maior da Bahia, o Teatro Cidade do Saber (TCS), com danosas consequências no orgulho e sentimento de pertencimento da sua população.


Esquecidos 10 Fechada para mais uma reforma, a Cidade do Saber chega na sua maioridade precisando virar sua chave, justamente sob a gestão do seu criador. A CDS só tem futuro real se for passada a limpo.


Calibre Camaçari fechou julho com 6 assassinatos, segundo apuração da Coluna, com base em informações postadas na imprensa local. Chama a atenção no levantamento de julho o assassinato de um adolescente de 14 anos, no dia 23, no bairro Gleba E. Facções criminosas e seu mercado da droga, tidas pela polícia como responsáveis por esse e outros assassinatos no município, seguem avançando e ampliando poder na sede, orla e zona rural.


Calibre 2 Se confirmado com o número mensal, ainda não informado no site da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), julho aparece com junho como os meses com os menores números de mortes violentas de 2025.O recorde do ano foi em maio, com 15 registros, segundo apuração do Instituto Fogo Cruzado. Já na soma dos 7 meses do ano, os 83 assassinatos apurados extraoficiais também aparecem como o menor no período desde 2017.


Calibre 3 Dos 83 de crimes violentos letais intencionais (CLVIs) contados no período reúnem os 6 registros apurados pela coluna em julho, mais os 77 informados pela SSP entre janeiro e junho, no seu último boletim. Número final pode ser maior, já que levantamento dos meses anteriores mostra diferença entre os apurados pela Coluna e os números finais apresentados pela SSP-BA.  


Referência O programa Giro na Cidade e a TV Connect Brasil completam nesta terça-feira (12), 10 anos de informação, histórias e entretenimento. Transmitido pelo YouTube e comandado pelo comunicador Edilson Alves, programa é líder nas tardes de Camaçari e Região Metropolitana. Completam o time dessa produção de sucesso o repórter Antônio Cruz, a produtora Nani Lima, o comentarista Gilson Farias, e a diretora geral de Sâmia Cordeiro.


João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor


11/agosto/2025 Fechamento: 20h18

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