Incêndio A permanência do advogado Luciel Neto na subsecretaria de cultura de Camaçari (Secult) parece que está com os dias contados. Segundo apurou a Coluna, Neto, como é conhecido e querido no meio artístico e cultural de Camaçari, deve ir para o mesmo cargo na pasta de esportes e juventude (Sejuv).
Incêndio 2 Pasta liderada pelo coronel e ex-comandante-geral da PM, Alfredo Castro, é tida como reduto do vereador Jorge Curvelo (União). Ex-titular da Sejuv até o final de março, quando se desincompatibilizou para voltar ao Legislativo para disputar a reeleição, Curvelo é amigo pessoal de Luciel Neto, que já foi seu assessor no Legislativo.
Incêndio 3 Saída de Neto, atual presidente do conselho de cultura, colegiado formado por representates da classe artística e segmentos da produção cultural da cidade, tem relação direta com a forma de gestão da Secult, comandada com mão de ferro pela secretária Marcia Tude. Considerada imexível, a doutora Marcia é filha do três vezes alcaide de Camaçari, atual vice-prefeito e pré-candidato a vereador, José Tude (União).
Incêndio 4 Crise e desentendimentos da titular com o seu sub é antiga e começa já em 2017, início do primeiro governo do alcaide Antonio Elinaldo (União). Neto, que aparecia como o nome da outra banda de aliados para a comandar a pasta, perdeu a queda-de-braço para Marcia. Num primeiro momento da gestão, Neto ficou fora da subsecretaria e foi nomeado assessor. Troca de cargo, com a confirmação na sub, só veio depois do questionamento da Coluna.
Incêndio 5 Início já sinalizava uma relação difícil que só se complicou nesses sete anos. O último curto-circuito foi provocado com os questionamentos da classe artística e produtores da cidade sobre os critérios de seleção de contemplados pelo edital de apoio cultural da Lei Paulo Gustavo (LPG). Insatisfação, que terminou virando ação na Justiça, foi antecipada pela Coluna (Confira).
Incêndio 6 A exatos 5 meses das eleições e 7 para o final do seu mandato, o alcaide Elinaldo vai precisar de um poderoso extintor para apagar, com o menor dano possível, esse sinistro numa área marcada por equívocos. As labaredas, com demolição de prédios históricos, desmontagem de equipamentos culturais, e muitos outros etc, chegaram à essa altura por conta exclusiva do alcaide que preferiu manter um acordo com comprovado poder de combustão. Não foi por falta de aviso do Camaçarico.
Apagão Parece que o alcaide Antonio Elinaldo (União) não gostou de desfilar segurando a tocha da Independência da Bahia, ano passado, em Camaçari. Esse é o entendimento geral, já que nada foi providenciado por sua gestão para festejar o segundo ano da inclusão do município no ato simbólico que tem seu ponto alto no 2 de julho, em Salvador.
Apagão 2 De acordo com apuração da Coluna, a Fundação Gregório de Matos, responsável pelo planejamento geral da festa, que neste ano comemora 201 anos, continua esperando o ´fósforo` da secretaria municipal de cultura (Secult) para definir o roteiro e toda a logística do Fogo Simbólico. Felizmente, o descuido histórico de Camaçari não encontra extintor nos vizinhos Dias D`Avila, Mata de São João e Lauro de Freitas, que já começam a se mexer para garantir presença na mais importante data da Bahia.
Calibre Camaçari registrou 14 assassinatos em abril. Número apurado com base em informações postadas na imprensa, é igual a março. Em relação ao mesmo mês do ano passado são 5 assassinatos a mais que os 9 contados em abril de 2023. Soma dos primeiros quatro meses de 2024 chega a 45 registros, menos que os 60 crimes violentos letais intencionais (CVLI), contados no mesmo período janeiro/abril de 2023.
Calibre 2 Mesmo com redução dos assassinatos na conta geral, chama a atenção a morte de dois menores de idade nessa lista não oficial de 14 mortes violentas em abril. A Coluna já havia destacado a participação negativa de Camaçari nesse ranking. De acordo com o cruzamento de dados apurados pelo Camaçarico, com base em registros do Instituto Fogo Cruzado, dos 10 adolescentes mortos entre 1º janeiro e 1º de março, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), 5, portanto 50%, aconteceram em Camaçari. Com mais esses dois registros, sem dados dos 30 dias restantes de março, Camaçari conta 12 assassinatos de jovens.
Calibre 3 Na comparação geral de assassinatos nos primeiros quadrimestres dos últimos 8 anos, 2024, com 45, aparece com os menores registros. Em 2017 foram 94 assassinatos, 60 em 2018, 60 em 2019, 91 em 2020, 70 registros em 2021, 74 em 2022, e 60 no ano passado.
Calibre 4 A Coluna lembra que os números não são oficiais, já que a secretaria de segurança pública (SSP-BA) segue sem atualizar no seu site os registros dos chamados crimes violentos letais intencionais (CVLI) no ano de 2024.
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
06/05/2024 Fechamento: 13h21
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