Os pequenos supermercados independentes, instalados nos bairros, seguem na luta por uma fatia dos consumidores com os atacadões e garantem uma parcela do mercado puxado pelos produtos de consumo rápido. Com 95%, o equivalente a pouco mais de 1 milhão de pontos de comércio do País, o pequenos varejo faturou no ano passado R$ 230 bilhões.
Esse comércio, com menos de 5 lojas e pontos de vendas com menos de mil metros quadrados, responde por 21% do faturamento de todo consumo rápido comercializado no País. Valor é comparável à cifra movimentada pelos atacarejos que ficam com 22% das vendas com os produtos de consumo rápido, aponta estudo da consultoria NielsenIQ.
Nessa conta pesam vários fatores como proximidade dos clientes, tamanho do produto, marcas não conhecidas e a inflação de ítens básicos como café, ovos e outros produtos do dia a dia, pesam no bolso e aproximam o cliente desses pequenos estabelecimentos.
O avanço do mercado informal é outro fator que mudou esse perfil e reduziu o peso da entrada do salário no quinto dia útil de cada mês. Com remuneração por serviço, compras dos itens básicos é feita com outra frequência, ampliando o período de vendas nos supermercados ao longo do mês.
Também pesa nessa equação a frequência de ida do cliente às lojas dos mercados independentes instalados na vizinhança. Um consumidor visita 74 vezes uma loja de supermercado independente durante um ano, quase cinco vezes mais que a ida a uma loja de grande rede. Estudo mostra ainda que quase metade (48%) das compras é de reposição e emergência (37%). O gasto por vez no supermercado independente é, em média, R$ 44, enquanto que no atacarejo é de R$ 100.