Decoro A Câmara de Vereadores de Camaçari precisa instalar com urgência sua comissão de ética. Criada na gestão do presidente Oziel Araújo (2019/2020), colegiado precisa sair do papel e agir para acabar com o ringue em que se transformou o Legislativo, com o uso, no plenário da Câmara, de expressões incompatíveis com um representante do povo no exercício do mandato.
Decoro 2 Nas redes sociais e até na imprensa, expressões como “vagabundo”, “moleque” , “mau-caráter” e outras impublicáveis, viraram verbete no pobre dicionário dos vereadores de Camaçari.
Decoro 3 Comportamento, transmitido para toda cidade pela TV Câmara e redes sociais deixa dúvidas sobre o compromisso com a função parlamentar. Mau exemplo exige ação do presidente Júnior Borges (DEM/UB), para que a Casa do Povo não perca um das suas funções, que é a de debater com grandeza e equilíbrio as questões da cidade.
Olhar O prêmio ´Mestras e Mestres da Cultura de Camaçari` chega a sua segunda edição menor e sem avançar na construção de um projeto de reconhecimento e preservação da história e do legado dos próprios homenageados. Ao premiar com uma ajuda de R$ 7 mil brutos, e sem nenhuma contrapartida, como a realização de oficinas, palestras, ou qualquer outra forma de transmissão de seus conhecimentos, a secretaria de cultura de Camaçari (Secult) apequena o papel desses mestres e mestras.
Olhar 2 Ao persistir na tese de que o prêmio em dinheiro é suficiente como reconhecimento, a Secult impede que esses homens e mulheres multipliquem, compartilhem e preservem seus saberes e fazeres com as novas gerações.
Olhar 3 Além de persistir no equívoco, quando deveria ampliar a ideia com o fortalecimento desse legado, mesmo que implicasse em mais custos, a Secult lança a segunda premiação ainda menor que a primeira edição. Os atuais R$ 140 mil brutos, oriundos do Fundo de Cultura, irão contemplar 20 mestres e mestras residentes de Camaçari. Comparada com a primeira edição, premiação representa redução em 10 agraciados. Na edição de 2019, 30 mestre e mestras, 15 da capoeira e número igual de representantes de terreiros de candomble, receberam R$ 10 mil em dinheiro, que depois dos descontos dos impostos ficou em R$ 8 mil.
Miudeza Continua sem destino adequado a área da antiga Cesta do Povo, na Feira de Camaçari. A utilização dos cerca de 300 metros quadrados para a instalação de um moderno e higiênico setor de alimentos resfriados, como carnes e mariscos, apontada como solução, mais recentemente por parlamentares da própria base do alcaide Elinaldo, vem sendo cobrada pelo Camaçarico desde 2018 (Confira).
Miudeza 2 Três anos depois e sem um projeto de definição do mix do espaço e seu aproveitamento racional, indispensável para melhorar a imagem de descuido do maior centro popular de compras da cidade, a prefeitura segue a velha regra da política do varejo. Entrega metade da privilegiada área, que deveria receber destinação compatível, para a instalação de mais uma loja.
Muro Continua longe do real o desejo do alcaide Antonio Elinaldo (DEM/UB) de trazer para sua órbita uma parte dos quadros do PSB. As tentativas cooptação vão além da legenda, com sinalizações antigas, e sempre renovadas, de composição com outros oposicionistas de qualificação reconhecida por todas as correntes políticas de Camaçari. Mesmo insatisfeitas com a produção oposicionista e subaproveitadas na trincheira antigovernista, dizem que preferem ficar onde estão.
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
19/10/2021 Fechamento às 17h
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