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Maioria dos cursos de medicina fica abaixo da nota média mínima


A maioria dos cursos de medicina, o equivalente a 6 em cada 10, não alcançou as notas mais altas no Conceito Preliminar de Cursos (CPC), índice do Ministério da Educação (MEC).  Na avaliação da qualidade  em 309 graduações, somente 40,4% obtiveram médias 4 e 5, consideradas  ideais para cursos da área. De acoro com levantamentos, as universidades com conceitos mínimos nas avaliações do MEC colocaram no mercado cerca de 10 mil dos quase 50 mil médicos formados desde 2013.


Os  dados dos indicadores de qualidade do ensino superior  do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão ligado ao Ministério da Educação, incluem dados do CPC, do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), do Índice Geral de Cursos (IGC) — que avalia as instituições—, e do Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD). Neste ciclo, o Inep avaliou 9.812 cursos da área de saúde e engenharias. Além medicina, o Inep avaliou carreiras como Arquitetura, Engenharia civil, Fisioterapia, entre outras.


As notas do CPC variam de 1 a 5, sendo as notas 4 e 5 as adequadas para cursos como Medicina. O indicador avalia universidades públicas e privadas. Para construir a nota, o MEC considera o desempenho dos estudantes no Enade, além de outros critérios como dados sobre o corpo docente, infraestrutura e recursos didático-pedagógicos da graduação.


De acordo com os dados, a maior parte das graduações na área têm nota 3 (50,5%), considerada regular. Em seguida, 38,5% dos cursos avaliados têm conceito 4, e somente seis cursos, o que corresponde a 1,9%, chegaram na nota máxima.


O Inep divulgou os resultados de três Indicadores de Qualidade da Educação Superior 2022 na terça-feira(2). Foram detalhadas informações a respeito do Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD); do Conceito Preliminar de Curso (CPC); e do Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC).


Os resultados abrangem uma amostra de 7.569 cursos com o IDD calculado, 8.934 cursos com CPC e 1.998 instituições avaliadas com o IGC. Ao longo dos três anos referentes ao último ciclo avaliativo do Enade (2019, 2021, 2022), mais de 25 mil cursos foram avaliados – o exame foi adiado, em 2020, em função da pandemia. Também são levados em consideração mais de 5 mil cursos de mestrado e doutorado.


Esses índices integram o conjunto de procedimentos e instrumentos avaliativos previstos na Lei do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), que completa 20 anos neste mês de abril. O Conceito Enade, que também faz parte desta cesta de indicadores, foi divulgado em outubro de 2023.


Esses indicadores são diretamente relacionados ao ciclo avaliativo do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2022. Na edição, o Enade avaliou os seguintes cursos: bacharelado das áreas de administração; administração pública; ciências contábeis; ciências econômicas; direito; jornalismo; psicologia; publicidade e propaganda; relações internacionais; secretariado executivo; serviço social; teologia e turismo. Também foram avaliados os cursos superiores de tecnologia das áreas de comércio exterior; design de interiores; design gráfico; design de moda; gastronomia; gestão comercial; gestão da qualidade; gestão pública; gestão de recursos humanos; gestão financeira; logística; marketing e processos gerenciais.


IDD – O Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD) busca mensurar o valor agregado pelo curso, ao considerar os resultados dos estudantes no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), ao fim da graduação, e o desempenho, no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), dos mesmos estudantes quando eram ingressantes na educação superior. Ao considerar a categoria administrativa das instituições (pública ou privada), nota-se que as instituições públicas federais e estaduais, bem como as comunitárias possuem mais de 30% dos cursos nas faixas superiores do IDD (4 e 5).


CPC – O Conceito Preliminar de Curso (CPC) combina diferentes aspectos, como desempenho dos estudantes; valor agregado pelo curso; corpo docente; e condições oferecidas para o desenvolvimento do processo formativo.


Dos cursos de graduação com CPC calculado, 35,9% (3.208) tiveram desempenho entre as faixas 4 e 5 do indicador. 54,4% (4.861) obtiveram notas médias (3) e, para além disso, 9,5% (848) e 0,2% (17) ficaram nas faixas 2 e 1, respectivamente.


IGC – O Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC) é resultado da avaliação das instituições de educação superior e corresponde à média das notas do CPC (cursos de graduação) e dos conceitos CAPES dos cursos de programas referentes às pós-graduação stricto sensu, ponderadas pelo número de matrículas de cada curso.


Das instituições com IGC calculado, 27,7% (554) tiveram desempenho entre as faixas 4 e 5 do indicador. 60,3% obtiveram nota 3 e, para além disso, 11,7% (234) e 0,3% (6) ficaram nas faixas 2 e 1, respectivamente.


Dentre as diferentes categorias administrativas, destacaram-se as instituições públicas federais. Ao todo, 94 das 11 avaliadas obtiveram IGC 4 ou 5 e nenhuma ficou nas faixas 1 e 2 do indicador. Na comparação histórica, as instituições comunitárias conseguiram aumentar de 31 para 39 instituições nas faixas 4 e 5 entre 2018 e 2022. Já as privadas com fins lucrativos, que representam 53% (1.503) das avaliadas, aumentaram de 183 para 215 instituições com IGC igual a 4 ou 5, no mesmo período.

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