Uma visita ao casarão número 6 da ladeira do Ferrão, no Pelourinho, onde nasceu Mãe Stella de Oxóssi; a ida até a casa onde nasceu Ruy Barbosa, também no Centro Histórico de Salvador e que pertenceu a seus ancestrais; e uma sessão especial da Academia de Letras da Bahia (ALB) fazem parte da programação pelos 100 anos da ialorixá, comemorados nesta sexta-feira (2), dia do seu nascimento.
Roteiro de homenagens à líder religiosa do terreiro Ilê Axé Opó Afonjá, até 2018, quando faleceu, começa às 14h30, na Cantina da Lua, do jornalista Clarindo Silva, referência de luta e preservação do Centro Histórico, e um dos responsáveis pelas homenagens.
Do terreiro de Jesus, historiadores, pesquisadores, artistas, filhos de santo, amigos, parentes e admiradores da ialorixá seguem até o casarão onde nasceu Ruy. Ato será na porta do imóvel de propriedade da Associação Bahiana de Imprensa (ABI) desde 1935, e onde será instalado um museu sobre o baiano mais ilustre. Pesquisa do professor e historiador Diego Copque, que vai virar livro, resgata importante parte da história da ancestralidade de Mãe Stella. Casarão localizado na antiga rua dos Capitães, onde nasceu o jurista e jornalista, em 5 de novembro de 1849, também pertenceu aos bisavós da ialorixa.
Roteiro no Centro Histórico se completa com visita ao casarão localizado na ladeira do Ferrão, onde está sendo montado um memorial sobre a sacerdotisa que faleceu em 27 de dezembro de 2018.
A última homenagem do dia acontece na Academia de Letras da Bahia (ALB), instituição que a ialorixá integra como importal e ocupou a cadeira 33 desde 2013. Ato no Palacete Góes Calmon, bairro de nazaré, a partir das 18h, lança oficialmente o Instituto Mãe Stella de Oxóssi, presidido por seu sobrinho, Adriano Azevedo. A entidade tem em sua missão diversas ações sociais e culturais, como assistir vítimas de violência, capacitar pessoas em situações de vulnerabilidade econômica e promover atividades físicas, na área de saúde e de cultura.