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José Carlos Teixeira é jornalista e especialista em marketing político, mídia, comportamento eleitoral e opinião pública

Preço elevado dos alimentos preocupa Lula, mas a Bahia comemora suposta fartura


“Seu presidente,
Sua Excelência mostrou o que é de fato
Agora tudo vai ficar barato
Agora o pobre já pode comer.”
(Ministério da Economia, samba de
Geraldo Pereira e Arnaldo Passos)


A alta dos preços dos alimentos aos consumidores no fim de 2023 e início deste ano acendeu uma luz vermelha no Palácio do Planalto, que viu nisso uma das causas para a queda na avaliação positiva do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apontada em pesquisas divulgadas na semana passada por três diferentes institutos.


Entre novembro do ano passado e janeiro deste ano, o grupo de alimentação e bebidas foi o que mais pesou no cálculo da inflação – vale dizer, no bolso do brasileiro. Entre os vilões dessa alta, o arroz, a batata, a cebola e as frutas de modo geral, como bem sabem todos os que frequentam os supermercados.


Há outros fatores, evidentemente, para a queda na avaliação positiva do governo e para o crescimento dos índices daqueles que o desaprovam, como a segurança pública. Mas a elevação do custo de vida é um fator que pesa muito na avaliação do governo pela população e transforma-se em problema grave em ano eleitoral – teremos eleições para prefeito e vereador dentro de pouco mais de seis meses.


Por conta disso, o presidente Lula, nesta quinta-feira, 14, convocou para reunião no Palácio do Planalto os ministros Fernando Haddad (Fazenda); Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar); Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária); e Rui Costa (Casa Civil), além do presidente da Conab, Edegar Pretto.


Lula cobrou explicações e providências para baixar o custo dos alimentos. Ouviu que a produção agrícola foi afetada por questões climáticas, como as altas temperaturas e o maior volume de chuvas em diferentes regiões do país, o que provocou a elevação dos preços. Mas lhe anteciparam que já estão em andamento medidas como a facilitação de crédito, a formação de estoques públicos e a política de preço mínimo, capazes de baixar os preços. Os ministros prometeram resultados já no próximo mês.


Na Bahia, essa nossa ilha da fantasia, a situação parece ser diferente: em diversos pontos de Salvador, placas de outdoor com a assinatura do Governo do Estado anunciam que a agricultura familiar baiana está batendo recordes.


Ou seja: segundo a propaganda do governo estadual, mesmo com a seca em algumas regiões da Bahia e o elevado volume de chuva em outras, a agricultura familiar (supostamente responsável por cerca de 70% dos produtos que chegam à nossa mesa) está produzindo como nunca.
Essa fartura, porém, não encontra correspondência com os preços dos produtos nos supermercados. Neles, ao contrário, prevalece o que está ocorrendo no resto do país: pouca oferta e, consequentemente, preços elevados. Vá entender…


José Carlos Teixeira   zecarlosteixeira@uol.com.br é jornalista, formado em comunicação social pela Universidade Federal da Bahia e pós-graduado em marketing político, mídia, comportamento eleitoral e opinião pública pela Universidade Católica do Salvador


Opiniões e conceitos expressos nos artigos são de responsabilidade do autor

16/03/2024

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