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Coluna Camaçarico


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Camaçarico 23 de janeiro 2023


Omissão  Apesar de ocupar uma posição estratégica no mapa econômico nacional e mundial, como sede de um dos maiores complexos industriais integrados do planeta, Camaçari segue sem fazer o dever de casa como deveria. A mais nova nota baixa veio com a ausência do município em responder as perguntas do Índice de Concorrência dos Municípios (ICM).


Omissão 2 Formulado pelo Ministério da Fazenda, o ICM-2022, que pode ser conferido no relatório de resultados (Confira), busca identificar através de um amplo questionário, formas de promover a concorrência com práticas que diminuam a burocracia e os custos de se fazer negócio no município.


Omissão 3 Da Bahia foram convocados os municípios de Salvador, Feira de Santana, Vitória da Conquista e Camaçari. Diferente dos outros 3 conterrâneos baianos, a cidade comandada pelo alcaide Antonio Elinaldo (União) não respondeu ao questionário. De acordo com o estudo, que pontuou a atuação dos municípios detalhados em 9 capítulos, Salvador teve nota final de 543,91, Vitória da Conquista somou 519,81, e Feira de Santana aparece com 344,33.


Omissão 4 Só para efeito de registro, cidades nordestinas com tamanho populacional próximo de Camaçari responderam o questionário. Paulista (Pernambuco) somou nota 528,38, Caucaia (Ceará) alcançou índice 473,91, e Imperatriz (Maranhão) finalizou com pontuação de 483,26.


Omissão 5 Pesquisa que está na 2ª edição, busca saber como empreender no município, sua infraestrutura, legislação construtiva, liberdade econômica, concorrência em serviços públicos, relação na contratação entre iniciativa privada e poder público, e legislação tributária.


Omissão 6 Dos 119 municípios brasileiros de todos os estados e regiões do país enquadrados nesse perfil, com população acima dos 250 mil habitantes, Camaçari integrou a lista das 5 cidades brasileiras que não enviaram as respostas. Convocado pela primeira vez para compor o estudo Índice de Concorrência dos Municípios, Camaçari ficou ao lado de Campos dos Goytacazes (RJ), Cotia (SP), Embu das Artes (SP) e São João de Meriti (RJ) na relação dos que aparecem destacados com traço, quando deveriam exibir pontuações. 


Omissão 7 Como destaca na sua página na internet, o ICM “permitirá uma avaliação ampla e objetiva do ambiente de negócios dos municípios brasileiros, assim como a disseminação e a troca de experiências entre as cidades”. Coleta de dados também funciona como um instrumento de atração de investimentos estrangeiros e promoção de políticas públicas lideradas pelo Ministério da Economia, além de permitir o compartilhamento das melhores práticas com os demais municípios brasileiros.


Ducha O alcaide Elinaldo tomou literalmente um banho durante a lavagem em homenagem a São Francisco de Assis, padroeiro de Monte Gordo, na última sexta-feira (20). Cercado por servidores e professores do município, munidos de cartazes pedindo reajuste salarial, respeito e diálogo, o gestor de Camaçari terminou no meio de um aperto que não estava nos seus planos.


Ducha 2 Para piorar, o carro pipa da prefeitura, provavelmente cumprindo ordens de algum assessor aloprado, resolveu tentar dispersar o protesto usando jatos de água. Geralmente usada para o banho de resfriamento dos fiéis mais emocionados, a mangueira do poder dessa vez encharcou o alcaide e provocou efeito reverso com aumento da temperatura. 


Troca-troca O professor João Dão, importante liderança de Arembepe, é o próximo a oficializar sua migração para a base oposicionista. Segundo apurou a Coluna, ato oficial de adesão ao grupo liderado no município pelo ex-alcaide e secretário do governo Jerônimo, Luiz Caetano (PT), deve acontecer com desfile e pompas, durante a festa de Arembepe, na segunda quinzena de março.


Troca-troca 2 A ida do professor João Dão, que somou 960 votos pelo Cidadania, nas últimas eleições para vereador, não é apenas um descontentamento com a gestão Elinaldo. Acima de tudo é uma questão de matemática eleitoral. Seu principal reduto, Arembepe tem outros dois nomes de olho nos cerca de 9 mil votos do segundo maior colégio eleitoral da orla de Camaçari, depois de Vila de Abrantes, maior reduto de eleitores, atrás apenas da sede, com mais de 15 mil votos.


Troca-troca 3 No time dos caetanistas, o professor Dão vai enfrentar dois nomes de peso  na banda  governista. O vereador e candidato a reeleição, Deni de Isqueiro (União) e Fábio Lima (PP), atual sub-secretário da orla.


Troca-troca 4 O ano começou com a tropa oposicionista mostrando troféu retirado da prateleira governista. Adesão de Wagner Bispo, festejado pelos oposicionistas durante a lavagem de Monte Gordo, na última sexta-feira (20), é outra conta da conveniência política. Liderança da comunidade e ex-candidato a vereador pelo PSL, na base elinaldista, Wagner somou 532 votos nas eleições municipais de 2020. No colégio eleitoral de Monte Gordo, com cerca de 8 mil votos, Wagner vai enfrentar dois nomes de peso. Os suplentes de vereador no exercício dos mandatos, Vaninho da Rádio (União), 1.103 votos; e Manoel Jacaré (PSDB)  1.133 votos, que devem continuar na base governista.


Troca-troca 5 O pula pra lá, pula pra cá, e volta a pular novamente, infelizmente faz parte do processo político brasileiro. Nessa cama elástica, Camaçari tem mestrado, doutorado e pós-doutorado. Movimento deve se ampliar nos próximos meses, com tendência de fortalecimento da base oposicionista, agora com a máquina do governo federal e a manutenção do controle do estado.


Dor e Delícia O presidente do Legislativo de Camaçari, vereador Flavio Matos (União) começou seu biênio (2023/2024) experimentado a pior parte do poder. Convocar sessão extraordinária num dia e só apresentar a pauta de votação para a oposição, com os 6 projetos de Lei enviados pelo alcaide e correligionário Antonio Elinaldo, pouco antes do início da sessão, no dia seguinte, não foi um bom começo. Também não foi um bom exemplo o processo acelerado na montagem dos componentes das 13 comissões permanentes do Legislativo na véspera da votação dos pareceres dos mesmos projetos.


Dor e Delícia 2 O atropelo desnecessário, já que possui 18 dos 21 votos da Câmara, mostra que a articulação entre Legislativo e governo precisa melhorar. Para quem mira ser o nome do grupo na disputa sucessória de 2024, o equilíbrio é fundamental. Não basta apenas pilotar um orçamento de R$ 140 milhões nos próximos dois anos, que seguramente deixa o céu mais perto. Precisa garantir a confiança de todos os vereadores e mostrar para a cidade que tem espírito público e exerce a democracia, base fundamental para um gestor municipal. 


The voice O vereador Junior Borges (União) não está sozinho no desejo de ser o líder do governo na Câmara. Os governistas com histórico de fidelidade ao projeto do alcaide Elinaldo, Ivandel Pires e Dudu do Povo, ambos do Cidadania, também sonham com o posto. 


João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor


23/1/2022 Fechamento: 12h14


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