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Camaçarico 1º de abril 2019


Quartinha quebrada  A tradicional lavagem da igreja de São Francisco, abertura da festa de Arembepe, começa a ganhar sinais de descaracterização, como já acontece com a Lavagem do Bonfim, considerada a ‘mãe’, a maior e a mais importante de todas. No cortejo de sexta-feira (29) um grupo de baianas se desgarrou do grupo original e veio numa segunda linha acompanhando uma ala de políticos.


Quartinha quebrada 2  Independente de quem está no poder, as baianas precisam entender que o ritual, uma das marcas da Bahia negra e importante manifestação incorporada às religiões de matriz africana, é maior que a tentativa de ‘purificar’ seus candidatos preferidos. Os políticos, por sua vez, distantes dessa necessidade de preservação, apesar dos discursos, precisam coibir e não patrocinar esse equívoco que faz ajudar a destruir uma das nossas mais importantes tradições da festa. A lavagem do Bonfim é um exemplo dessa descaracterização e destruição da tradição com  as 'baianas do governador Rui Costa (PT) e as 'baianas' do prefeito ACM Neto (DEM).


Quartinha quebrada 3  Incluídos nesse mesmo cortejo de responsabilidade, mães e pais de santo, a associação de baianas e até a coordenação de eventos da prefeitura precisam fazer valer sua força como líderes religiosos, entidade representativa e estrutura oficial  de organização da festa. Sem esse entendimento, o cortejo da festa de Arembepe no ano eleitoral de 2020, assim como outras celebrações nas demais localidades, vão virar uma manifestação fake.


Movimento  O PSB pode  virar abrigo para o  ex-deputado e ex-alcaide do município, Luiz Caetano. Nota intitulada 'De saída', publicada na coluna Raio Laser (Tribuna da Bahia) de sábado (30),  diz que o petista anda 'revoltado' com o governador Rui Costa por ter  sido 'vetado para uma secretaria'. Ainda segundo a nota, a negociação entre Caetano e a deputada federal Lídice estaria 'em estado adiantado'. Desembarque do PT seria sacramentado com a  rejeição de mais um recurso  que  Caetano tenta na Justiça para  reaver o mandato  tirado pelo Tribunal Superior Eleitoral. 


Movimento 2 Com ou sem caetano, a chapa de oposição à sucessão municipal em Camaçari deve ganhar o reforço dos socialistas. Comandada no estado por Lídice, legenda que tem o vereador Pastor Neilton como único representante com mandato, se une ao PT, PSD, PCdoB e Podemos para fazer frente a candidatura a reeleição do prefeito Antonio Elinaldo (DEM). 


Movimento 3 A Coluna não conseguiu ouvir o vereador Pastor Neilton, integrante da base do prefeito Elinaldo, sobre essa arrumação. Confirmou apenas que é orientação da estadual  é nesse caminho de confluência com o grupo de Caetano. Um desses sinais de mudança na municipal é a filiação ao partido do ex-secretário e fiel escudeiro de Caetano, Ademar Lopes. Quem conhece Lopes e o estilo Caetano sabe que o movimento implica em mudança.


Liturgia  O ex-prefeito Luiz Caetano abandonou a formalidade e trocou a calça comprida, composição usada por todos os políticos, mesmo em atos festivos como a lavagem de Arembepe, e apostou em novo visual. Instalado num short estampado, o agora político sem mandato,  buscou mostrar descontração e proximidade com os eleitores na maior e mais importante festa da orla de Camaçari.


Liturgia 2 Mesmo com novo figurino, que não foi seguido pelos seus aliados, Caetano não descuidou do velho estilo de fazer política com os tradicionais abraços, beijos, juras e muitos selfies, sempre com o providencial corte da imagem a partir da cintura, claro.


Liturgia 3 Do outro lado da festa, o não menos ativo e atento ao eleitorado, o alcaide Antonio Elinaldo (DEM) seguiu dentro do figurino exigido para a autoridade maior do município.


Liturgia 4 Mesmo em solenidades onde a descontração impera, a mudança na regra é comportamento perigoso e pode ser interpretado como reverência menor ao ritual inerente à autoridade e geralmente esperado pela população.


Na pista  O PT agora tem 4 pré-candidatos a prefeito na sucessão de 2020. O vereador José Marcelino garante à Coluna que está na disputa para ganhar. O ex-presidente do Legislativo  esperou apenas a festa de Arembepe passar e o ano político começar de verdade para ‘tirar o fusca da garagem’.


Na pista  2 Tranquilo e considerando legítima a vontade dos companheiros de partido, Ivoneide Caetano, esposa do ex-prefeito, e dos colegas de bancada no Legislativo, Jackson Josué e Téo Ribeiro, Marcelino acredita que o PT terá um nome de consenso. Caso essa unidade não aconteça, o partido tem as prévias, mecanismo previsto no estatuto, completa.


Na pista  3 Até lá, Marcelino promete pilotar seu ‘fusca’ de forma equilibrada para cometer o menor número possível de eros e barbeiragens para que  não termine capotando ou leve bandeira preta e seja obrigado a deixar a disputa. 


Na pista  4 Já adotando esse projeto de ‘direção segura’, Marcelino acelera e evita comentar sobre a possibilidade de Ivoneide Caetano ser escolhida como candidata a vice-prefeita, ou a uma vaga na disputa pela vereança.


Na pista 5 O empresário e candidato a vice-prefeito do radialista Marco Antonio, em 2008, Fábio Lima (PP), anuncia trajetória independente do ex-prefeito Caetano. Sinalização começou na  festa de Arembepe. Lima, que é nativo do povoado, exibiu faixas ao lado do deputado Niltinho. Segundo apurou a Coluna, Fábio Lima segue na  órbita do vice-governador João Leão, comandante da legenda no estado. 


Alfazema O empresário André Pegova quer ser prefeito e promete abalar a sucessão municipal em 2020. Puxando um grupo de aliados paramentados com camisetas com seu rosto, na lavagem de Arembepe, Pegova diz que só se interessa pela disputa de prefeito. Garante que vereador ‘não consegue nada’. À procura de um partido, Pegova, que já foi candidato a vereador e deputado estadual, não quer ficar no PSL de Bolsonaro.


Astigmatismo  A prefeitura de Camaçari e os veículos de imprensa precisam aprender a usar a nomenclatura certa ao se referir a pessoas que não estão abrigadas em moradias formais. ‘Morador de rua’  sinaliza preconceito e visão equivocada sobre essa parcela da população que em Camaçari pode chegar a 200 pessoas entre sede e orla.


Astigmatismo  2 Erra o município quando trata de  forma simplória e não procura  soluções que, ao menos minorem um problema grave, fruto não apenas da crise econômica, mas de outras questões de adoecimento da sociedade. Com obrigação constitucional de saber que o correto é pessoa ou população em situação de rua, município termina induzindo veículos a manter e até ampliar o preconceito com esses cidadãos, que mesmo em situação de altíssima vulnerabilidade, têm os mesmos direitos que os formalmente alojados em moradias.   


Astigmatismo  3 Uma olhadinha no Decreto Nº 7.053 de 23 de dezembro  de 2009,  que institui a Política Nacional para a População em Situação de Rua e seu Comitê Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento, pode ajudar a reconstruir essa visão equivocada (Confira). 


Confira todas as Colunas acessando o link    http://www.camacariagora.com.br/camacari.php 


João Leite Filho  joaoleite01@gmail.com (Editor) 


1/4/2019

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