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Adelmo Borges no Colunistas: O quadro eleitoral em Camaçari


Adelmo Borges dos Santos

Na reta final 


Concluídas as etapas iniciais do processo eleitoral, se aproxima o dia do pleito (6 de outubro) para que os eleitores determinem quem serão os prefeitos dos municípios brasileiros. 


Todas as fichas apostam que a disputa consolida a polarização  entre a extrema direita e à esquerda e assim mantinha o ex-presidente Bolsonaro no centro dos debates, liderando o enfrentamento contra Luiz Lula da Silva (PT) e o STF personificado no ministro Alexandre de Moraes. Até então as configurações admitidas pelos partidos e candidatos são de centro, sem radicalismo e firmando pautas de desenvolvimento e de promoção social. 


Segundo cientistas políticos consultados, o que está a ocorrer é o pragmatismo político. Os partidos e os candidatos, diante dos avanços das pautas sociais e econômicas do governo Luiz Inácio da Silva, com resultados positivos, tanto na classe C e E, como na B (classe média), sendo as duas primeiras absorvendo o controle da inflação, ganhos reais do salário mínimo e maior oferta de empregos formais, e a segunda com redução dos descontos de imposto de renda (com a promessa de alcançar quem ganha até CR$ 5.000,00), crédito para aquisição de imóveis (casa, apto, sítios) e bens de consumo (carros e equipamentos elétrico e eletrónico), faz opção em seguir a euforia do eleitor. 


Assim, o que se observa é evidência dos partidos e candidatos ao governo do PT e suas pautas, e a direita se afastando de Messias (mesmo aqueles que lhe apoiaram anteriormente). Assim a expectativa que um bom desempenho eleitoral poderia reverter a condição do ex-presidente de impedido eleitoralmente em 2026. 


Em Camaçari, o quadro complexo quanto a preferência do eleitor apresenta pequena vantagem para Luiz Carlos Caetano que possibilita vencer o pleito no primeiro turno (segundo pesquisa P&A Bahia). Se percebe, desde a pre-campanha haver um conflito de interesse no centro de decisão do governo local. Antonio Elinaldo , ainda não se constitui uma liderança para gerenciar uma questão desse nível. Os vereadores Junior Borges, Jorge Curvelo, Elias Natan, Dilson Magalhães (candidatos puxadores de voto) assim como, o secretário Helder Almeida e o vice-prefeito Eudoro Tude com forte presença no eleitorado não foram satisfatoriamente ouvidos quando o prefeito (demonstrando fragilidade) resolveu  levar para ACM Neto a decisão final. Dai a se perceber campanhas independentes com sinais tímidos de apoio a chapa majoritária da situação. 


O calo do pleito está nos calcanhares de Oswaldinho. Se destacando com aproximadamente 5% da preferência do eleitorado (aproximadamente 10 mil votos), em um pleito com possibilidade, evidente,  de definição no primeiro turno, provavelmente se moveria para um lado ou outro. No entanto, com o cenário de indefinição, deve levar sua candidatura até o fim e caso se consolide um segundo turno poderá negociar uma posição. 


No campo da proporcionalidade, um partido, federação ou coligação necessitará de 7.500 votos para eleger um representante na Câmara Municipal. A projeção é que o governo deverá ter uma maioria (entre 12 a 15 vereadores) e a oposição 6 a 8). Não é preocupante, em relação à governabilidade no caso de vitória de Caetano, pela tradição de acordo dos vereadores eleitos com o executivo vencedor do pleito. Vamos escutar muitas desculpas (o povo não sabe votar) e choro. Quem viver verá.


Fabiana, Augusto de Paula, Fábio  .................. Presentes. 


Que DEUS e os Orixás nos protejam.


Adelmo Borges dos Santos  adelmook@gmail.com


Opiniões e conceitos expressos nos artigos são de responsabilidade do autor

05/09/2024

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