Segundo a recente pesquisa da AGP, em parceria com a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), 63% dos brasileiros que apostam nas bets comprometeram parte de sua renda. Dentre as pessoas que tiveram sua renda impactada, 23% deixaram de comprar roupas, 19% deixaram de fazer compras em supermercados, 14% deixaram de comprar produtos de higiene e beleza, e 11% reduziram gastos com cuidados de saúde e medicações.
Ainda segundo o estudo, essa mudança causou um impacto efetivo no consumo, com 64% dos apostadores utilizando a sua renda principal para apostar. levantamento mostra aibnda que 63% admitem que já sofreram prejuízos financeiros pelo menos uma vez.
Em 2022, o Brasil estava em 10.º lugar, globalmente, com US$ 1,5 bilhão em receitas brutas de jogos. São 42,5 milhões de consumidores fazendo apostas, o que nos torna o terceiro país do mundo em consumo das bets.
Segundo o estudo Raio X 2024 da ANBIMA, 22% dos apostadores online acreditam estar fazendo um investimento financeiro. Outro dado é o grande número de jovens apostando. As gerações mais jovens são as que mais apostam. Na ´Z`, formada por pessoas nascidas de 1997 a 2012, o consumo desse jogos é de 29%, enquanto que na geração dos Millenials ou Ý`, formada por pessoas que nasceram entre 1980 e 1995, esse percentual é de 18%.
O estudo aponta ainda que, quanto menor a idade, mais a pessoa deixou de comprar algo que precisava, ou gostaria, para apostar. Dentre os entrevistados, mais de 50% apostam ao menos uma vez por semana, e 13% tentam a sorte todos os dias. Sendo ainda que as pessoas estão aumentando a quantidade de apostas nos últimos meses, enquanto 35% reduziram devido ao medo do vício.
Outro dado preocupante é o fato de que o maior impacto ocorre nas classes C (54% dos apostadores) e B (33%). A maioria dos apostadores usa renda extra ou dinheiro que sobra, mas 11% usam recursos de investimentos, salários ou pensões.