Uma onda de obras de aterramento de praias para conter a erosão costeira, o avanço do mar, e para novas áreas de lazer, vem alterando a paisagens em grande cidade litorâneas do Brasil. São pelo menos 38,8 km de praias ampliadas artificialmente desde 1998 para cá, segundo levantamento do portal g1. A ,ais recente é Recife e a mais antiga é Copacabnana, nos anos 1960. Especialistas alertam sobre essas engordas e seus prejuízos ao meio ambiente.
Segundo o MapBiomas, rede composta por ONGs, universidades e empresas, o Brasil perdeu 15% ou 70 mil hectares de dunas, praias e areais entre 1985 e 2020.
A capital pernanbucana estuda o prolongamento da faixa de areia da orla, enqaunto a vizinha Jaboatão dos Guararapes concluiu 5,9 km de engorda em 2013. A Praia de Ponta Negra (Natal) está em andamento, enqaunto que o Balneário Piçarras (SC) quer fazer a quarta intervenção do tipo no mesmo trecho. Florianópolis, capital de Santa Catrarina, realizou três ampliações. O mais famoso alargamento de praia foi realizado em Balneário Camboriú, no mesmo estado. A engorda em Matinhos (PR) gerou embates, mas foi concluída, já o projeto de João Pessoa (PB) foi suspenso.
Ouvido pelo g1, o biólogo Paulo Horta, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), diz que a engorda é menos prejudicial do que a colocação de barreiras físicas na praia, mas prejudica a biodiversidade e pode causar mortandade de fauna e flora tanto na área doadora de areia quanto na que recebe aterro, além de ter um processo emissor de gases de efeito estufa.