A taxa oficial de desemprego no Brasil subiu para 13,3% no trimestre encerrado em junho, atingindo 12,8 milhões de pessoas, com um fechamento de 8,9 milhões de postos de trabalho em relação ao trimestre (janeiro/março) anterior. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua), divulgada nesta quinta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado representa uma alta de 1,1 ponto percentual na comparação com o trimestre encerrado em março (12,2%) e de 1,3 ponto percentual em relação ao mesmo trimestre de 2019 (12%).
Trata-se da maior taxa de desemprego desde o trimestre terminado em maio de 2017, quando também ficou em 13,3%. E o desemprego só não foi maior porque muita gente simplesmente deixou de procurar emprego ou não estava disponível para trabalhar em meio à pandemia de coronavírus.
O número de pessoas ocupadas no Brasil teve redução recorde de 9,6% em relação ao trimestre encerrado em março, superando o recorde anterior registrado no trimestre encerrado em maio, quando a queda foi de 8,3%. "A população ocupada (83,3 milhões de pessoas) chegou ao menor nível da série histórica iniciada em 2012, com redução de 9,6% (8,9 milhões de pessoas a menos) em relação ao trimestre anterior e de 10,7% no confronto com o mesmo trimestre de 2019 (10 milhões de pessoas a menos)", informou o IBGE.
Apesar da alta da taxa de desemprego, o número de desempregados apresentou estabilidade na comparação com o trimestre de janeiro a março de 2020 (12,9 milhões de pessoas) e também com igual trimestre do ano anterior (12,8 milhões de pessoas).
Inicialmente, a pesquisa estava prevista para ser divulgada no dia 29 de julho, mas foi adiada em razão da maior dificuldade do IBGE realizar a coleta por telefone.