A nota média das 3.709.809 pessoas que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2019 caiu nas quatro provas objetivas, em comparação com a edição anterior de 2018. Segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em redação, a nota média foi de 529,9, enquanto em 2018 foi de 526,9.
Em matemática a nota de 2019 foi de 523,1, inferior a de 2018 (535,5). Na avaliação média em ciências humanas foi de 569,2 em 2018 e 508 no ano passado. Média abaixo de 2019 também caiu em ci^Çencias da natureza que no ano passado foi de 477,8 contra 493,8 em 2018).
O número de candidatos com nota 1 mil caiu de 55 para 53 em relação a 2018. Já o número de redações nota zero aumentou de 112.559 para 143.736. De acordo com o Inep, 3.709.809 pessoas fizeram as provas do Enem 2019, dias 3 e 10 de novembro. Número representa 72,81% dos 5.095.388 inscritos.
As notas do Enem foram divulgadas na Página do Participante (https://enem.inep.gov.br/participante/).
Questionado sobre a queda das médias nas notas do Enem, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou que o exame não pode ser usado para medir o ensino no país, mas que o resultado mostra que os alunos não evoluíram. "O ensino não avançou no Brasil. O resultado mostra que os alunos não apresentaram uma evolução ano contra ano, porque o pessoal votou no PT e tem a lápide da educação aqui embaixo, do Paulo Freire. É o paradigma do fracasso. Pior país da América do Sul. É isso.", declarou.
Gilberto Alvarez, diretor do Cursinho da Poli, analisa que as médias das notas mostram uma estabilidade com tendência de queda em relação a 2018. “Me preocupa o início de queda, porque essa radiografia, mostra que nós temos que atuar, urgentemente, para melhorar nossa educação básica", destacou.
Para Alvarez, apesar de todas as polêmicas, a prova manteve seu estilo: não aumentou, nem diminuiu o nível de dificuldade. "A prova do Enem continua primando pela excelência, é uma prova muito importante para o Estado brasileiro porque ela é uma prova diagnóstica. Ela possibilita que o Brasil analise as médias e os micro dados e com eles estabeleça política publicas sérias e aprofundadas para melhorar a educação no país", analisa.