O mês de novembro já não é o período ideal para garimpar preços. De acordo com a economista do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) Ione Amorim, passou a hora de fazer pesquisas para avaliar os descontos oferecidos na Black Friday, marcada para os dias 23 e 24 de novembro. “A pesquisa feita hoje já está muito comprometida”, diz. Ela explica que nessa época os preços já podem ter sido artificialmente elevados para simular descontos.
Segundo a especialista, para quem se planeja e se dedica em tempo de pesquisa, a Black Friday pode, sim, ser uma boa oportunidade, mas sem monitoramento de preços prévios é difícil fazer bons negócios na data. O recomendado é que essa busca seja feita com cerca de três meses de antecedência. Ela acrescenta que o efeito manada na hora das compras pode levar o consumidor ao sentimento de “estar perdendo alguma coisa”, o que resulta em compras por impulso. “Muitas vezes a pessoa está comprando algo que ela não tem nenhuma necessidade, mas ela foi psicologicamente estimulada”, argumenta.
Além do planejamento das compras e do orçamento, algumas dicas práticas podem ajudar os consumidores a fugir de enganações. Vale lembrar também que no caso de não ter feito pesquisas anteriormente, existem ferramentas na internet que comparam preços no decorrer do tempo e são úteis para fugir valores contaminados. O Buscapé, Mais Barato Proteste e Já Cotei são exemplos dessas plataformas. Com informações do Estadão