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Imagem Mesmo engessado pelas regras, que os próprios candidatos aprovam, justamente para evitar riscos de escorregões maiores, o debate entre Flavio Matos (União), Luiz Caetano (PT) e Oswaldinho Marcolino (MDB), realizado na manhã de segunda-feira (2), exibiu um relativo equilíbrio entre os postulantes ao comando de Camaçari, a partir de janeiro de 2025.
Imagem 2 Promovido e transmitido ao vivo pelo sistema de rádio e internet da Rede Bahia, debate mostrou, sem contestação, um Flavio Matos seguro, tranquilo e conseguindo fazer sem deslizes o bom combate às investidas dos adversários.
Imagem 3 Debate mostrou com todas as cores que o experiente Luiz Caetano não estava nos seus melhores dias. Mesmo sem grandes erros, o petista, que já governou o município por três mandatos, foi deputado e secretário de estado, não conseguiu desequilibrar o adversário com suas investidas mal formuladas.
Imagem 4 Mesma estratégia sem sucesso foi usada por Oswaldinho. O emedebista que foi governo até outubro do ano passado, também não conseguiu colar de forma convincente no adversário o desgaste do atual alcaide do município e patrocinador da candidatura Flavio, Antonio Elinaldo (União).
Imagem 5 Com horário ruim, entre 9h30 e 11h, seguramente pouco indicado para a maioria do eleitorado que trabalha, debate somaria mais audiência e repercussão se fosse realizado à noite. Nessa conta de quem se saiu melhor, debate no meio da manhã de um dia de semana só reforça a disseminação das ´verdades` de cada candidato nas redes sociais. Seguramente, essa agenda não ajuda o eleitor a obter um retrato real e votar com mais consistência.
Calculadora Por falar em festas, movimentações e todos os etc ligados ao pleito de 6 de outubro, a Coluna volta a lembra que o custo extraoficial da campanha deve beirar os R$ 40 milhões por cada bloco dos dois principais candidatos majoritários. Estimativa foi registrada pelo Camaçarico em setembro do ano passado #mce_temp_url#(Confira).
Calculadora 2 Com dados do Tribunal Superior Eleitoral, a Coluna de 12 de agosto deste ano (Confira)#mce_temp_url#, calcula que o número, que nenhum dois lados admite, e nem pode, é 10 vezes maior que o limite oficial estipulado pelo TSE em R$ 4,1 milhões para os candidatos a prefeito em Camaçari.
Calculadora 3 Já o teto que cada candidato às 23 cadeiras de vereador pode gastar e informar à Justiça Eleitoral é de R$ 317,8 mil. Diferente da maioria, que vai passar longe desses mais de 240 salários mínimos de despesas de campanha, tem um seleto time, a maioria candidatos à reeleição, que não vai investir menos de R$ 1 milhão para manter seu lugar no Legislativo. Só para efeito de comparação, um vereador recebe o equivalente a cerca de R$ 15 mil mensais. Somados às ajudas de combustível, aluguel de veículo e tíquete alimentação, conta ultrapassa os R$ 20 mil, cerca de R$ 1 milhão nos 4 anos de ou 48 meses de mandato. Nessa conta não entram os R$ 70 mil que cada vereador recebe mensalmente para manter assessores. Verba multiplicada por 4 anos chega a R$ 3,3 milhões.
Calculadora 4 Ainda dentro dessa matemática, a Coluna apurou que para botar uma carreata, os grandões Caetano e Flavio não gastam menos de R$ 100 mil. Conta fica um pouco menor, cerca de 30 mil por cada mega caminhada e grandes eventos na comunidade.
Calculadora 5 Não entra nessa conta os gastos oficiais dos apoiadores dois times com artistas, eventos e atividades em datas comemorativas da cidade. Para cantar no aniversário da cidade, próximo 28 de setembro, o cantor Bell Marques deve receber cerca de R$ 600 mil de cachê da prefeitura, apoiadora do candidato Flavio Matos.
Calculadora 6 Já o presente de aniversário do Governo do Estado, apoiador do candidato petista Luiz Caetano, ainda não foi anunciado. Pode repetir a dose de 2023 com o rebolativo Leo Santana, contratado no ano passado por R$ 450 mil. Além da incerteza da atração, que também tem na lista de opção o cantor cearense Nattanzinho, com cachê de cerca de R$ 800 mil, caetanistas estudam mudar o show pelos 266 anos de emancipação política do município para o domingo 29.
Vitrine Sábado tem mais um embate entre os times azul e vermelho pela disputa, voto a voto, em Camaçari. Como poucos municípios, Camaçari realiza dois desfiles de 7 de Setembro. Um pela manhã na Gleba E, sede do município, e outro à tarde no distrito de Parafuso. Nas duas festas os azulzinhos correligionários de Flavio Matos (União), e os vermelhinhos partidários de Luiz Caetano (PT) devem se encontrar e manter as rusgas comuns nas disputas eleitorais. A briga por mais volume de apoiadores não deixa de ser um bom termômetro e atração para os eleitores que só observam.
Calibre A Região Metropolitana de Salvador registrou mil mortos em ações ou operações policiais, entre primeiro de julho de 2022 e 6 de agosto deste ano. De acordo com o Instituto Fogo Cruzado, Camaçari registrou 54 mortes, atrás de Salvador com 775 mortos. Lauro de Freitas vem em seguida com 49 registros, e Simões Filho com 40 mortos em ações ou operações policiais.
Calibre 2 O levantamento do Fogo Cruzado mostra que a Bahia é líder no ranking nacional de mortes por intervenção policial no período. “A Bahia superou o Rio de Janeiro nos índices de letalidade policial e este levantamento é um sinal de alerta. O modelo de segurança pública, na Bahia, opera sob a lógica do confronto e reflete uma prática que há muito tempo se mostra ineficaz quando o assunto é a proteção da população”, diz Tailane Muniz, coordenadora regional do Instituto Fogo Cruzado na Bahia.
Calibre 3 Camaçari registrou 9 assassinatos em agosto, segundo levantamento da Coluna, com base em informações postadas na imprensa. Número é extraoficial, já que a secretaria de segurança pública (SSP-BA) não atualizou as estatísticas policiais na sua página na internet. Com os 9 crimes violentos letais intencionais (CLVIs) do mês passado, município 102 assassinatos entre janeiro e agosto.
Calibre 4 Número de CLVIs em agosto é o terceiro menor dos últimos 8 anos. Fica atrás apenas de julho de 2022 com 10 assassinatos, e 2018 com 8 registros. Confirmados com os dados oficias, quando forem divulgados, período janeiro/agosto deste ano, levantado Camaçarico.
Calibre 5 Se confirmados com os dados oficias, quando forem divulgados, janeiro/agosto mostra queda nos assassinatos no período e o menor registro dos últimos 8 anos. Fica longe dos 158 de 2023, dos 125 de 2022, dos 135 de 2021, dos 158 de 2020, dos 130 de 2019, dos 122 de 2018, e do recorde de 163 assassinatos registrados nos primeiros oito meses de 2017.
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
03/09/2024 Fechamento: 10h01
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Polaroid A 39 dias para as eleições, as medições para vereador seguem com oscilações, mas sinalizam algumas imagens de candidatos com mais nitidez eleitoral que indicam possível vitória no pleito para as 23 cadeiras do Legislativo de Camaçari, no dia 6 de outubro.
Polaroid 2 No PT aparece como certa a reeleição de Tagner Cerqueira. Ainda na base oposicionista os vereadores Dentinho do Sindicato (PT) e Vavau (PSB), segundo fontes caetanistas e elinaldistas, entram na lista dos ainda incertos. Das possíveis 4 a 5 vagas que a federação, formada pelo PT, PCdoB e PV devem conquistar, o professor Márcio Neves, único dos sem mandato, aparece bem cotado. As outras duas ou 3 vagas restantes tendem a ficar com os petistas. Nesse time estão o vereador Dentinho do Sindicato, os ex-vereadores Téo Ribeiro e Paulinho do Som, e a jovem candidata Ara Brasil. Fora do partido da estrela, mas na federação, Valtinho Pakalolo (PV) é tido como surpresa bem posicionada no páreo.
Polaroid 3 Ainda na base oposicionista, o PSB pode assegurar até duas cadeiras. O vereador Vavau, que andou meio caidinho e desacreditado, com o abandono de antigos apoiadores, ganhou fôlego nos últimos dias e segue na briga pela reeleição com os ´virgens` de mandato: Armando Cadeirante e o professor João Dão. O ex-vereador Binho do 2 de Julho é outro com chances notime dos socialistas. No PSD, do senador Otto Alencar, os melhores pontuados são Sinho do Boxe e Francissales, registrada na urna como Sales de Val Estilos, numa referência direta ao ex-vereador do Republicanos, cassado em 2021 por compra de votos. Ainda na base caetanista, o Solidariedade tem como possível nome para a única vaga o ex-vereador Cleber Alves.
Polaroid 4 Na base governistas, com 16 vereadores candidatos à reeleição e possibilidades de garantir até 17 das 23 cadeiras do Legislativo, o quadro é ainda mais nebuloso. No arco das 6 legendas (União, PSDB, PP, Republicanos, PRD e PL) seis nomes aparecem com destaque e reeleição tida como certa: os vereadores Dudu do Povo, Ivandel Pires, Jorge Curvelo e Jackson, pelo União. Dr Elias Natan (PSDB), e Niltinho (PRD) fecham a conta.
Polaroid 5 No União, que estima fazer 6 cadeiras, também são citados como nomes no páreo, os vereadores Herbinho e Deni de Isqueiro e o ex-vereador Oziel Araújo. Na incógnita estão o atual vice-prefeito e três vezes alcaide, Jose Tude, e os vereadores Fafá de Senhorinho e Ednaldo Borges.
Polaroid 6 No PSDB, o ex-secretário de saúde, o médico e candidato a reeleição, Elias Natan é vaga tida como certa. Disputam a segunda vaga, o neto do ex-deputado Ferreira Otomar, Gabriel Ferreira, o vereador Jamelão. Tarcísio Coiffeur e Gil Eventos também estão no páreo.
Polaroid 7 Na base governista a disputa mais acirrada acontece no PL e no PP. Na legenda referenciada pelo ex-presidente Bolsonaro, o vereador Jamesson disputa cada voto e cabo eleitoral com a suplente de vereadora Cristiane Bacelar. O PL também tem o vereador Manoel Filho com grandes chances de assegurar uma das duas prováveis cadeiras da legenda. No PP, com estimativa chegar a até 3 cadeiras, a briga envolve os vereadores e candidatos a reeleição Dilson Magalhães e Dedel, os suplentes Manoel Jacaré e Gilvan Souza, e o radialista Roque Santos.
Polaroid 8 No PRD, além do considerado ´pole position` vereador Niltinho, o colega de plenário Dr. Samuka e a liderança comunitária Mariva seguem na disputa. Outro partido, que segundo retratos do momento, com base em dados das duas maiores coligações na disputa, só deve conquistar uma vaga é o Republicanos. Legenda apoiada pela rica e poderosa Igreja Universal tende a carimbar o nome do pastor Luizão, filho e herdeiro político do vereador em último mandato, Bispo Jair.
Sossego O candidato a prefeito de Camaçari, Luiz Caetano (PT), segue sem impecilhos na disputa pelo comando da prefeitura de Camaçari. A promotora de justiça Virginia Ribeiro Manzini Libertador, do Ministério Público Eleitoral, deu parecer favorável ao petista ao não reconhecer o pedido de impugnação de registro de candidatura feito por um dos seus adversários, o candidato Cleiton Pereira (Novo). Mesmo ressalvando com a solicitação de novas diligências à juíza Fernanda Karina Vasconcelos Simaro, da 171ª Zona Eleitoral de Camaçari, a decisão da promotora, datada de terça-feira (27), sinaliza, na prática, uma expectativa de que nada aconteça antes das eleições de 6 de outubro.
Sossego 2 A pressão do candidato Cleiton Pereira se fundamenta na existência de duas ações civis de improbidade administrativa em andamento e na inclusão de Caetano, que tenta governar Camaçari pela 4ª vez, na lista dos gestores com as contas de 2012 reprovadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). Caso vem se arrastando desde 2021. No ano passado a Coluna relembrou o caso (Confira).
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
29/08/2024 Fechamento: 14h12
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Compromisso Os candidatos a alcaide de Camaçari, Flavio Matos (União) e Luiz Caetano (PT), seguem mudos aos apelos dos ambientalistas do município. Não deram resposta ao convite feito semana passada para uma conversa e compromisso com a proteção, defesa e garantia de políticas públicas comprometidas com o crescimento saudável da cidade.
Compromisso 2 Provavelmente com a agenda transbordando de visitas, conversas, reuniões, carreatas e os chamados arrastões, como se o eleitor fosse um mero alvo que mereça esse ato de esforço e até de violência, como o termo é definido no dicionário, os dois principais candidatos não acham tempo para discutir tema transversal e tão importante. Até o fechamento da Coluna, apenas os candidatos Celiton Pereira (Novo) e Oswaldinho Marcolino (MDB) aceitaram o convite dos ambientalistas.
Compromisso 3 Sempre festejada pelos seus 42 quilômetros de praias, apenas parte de um rico e singular ecossistema formado por rios, nascentes, lagoas, dunas e mata nativa, Camaçari carece de um olhar para o futuro. Toda essa riqueza, convivendo de forma muito próxima e conectada ao maior complexo industrial integrado do Hemisfério Sul, gerador de riqueza e também muitas preocupações, não parece sensibilizar o três vezes gestor do município e candidato ao quarto mandato, muito menos o novato que quer fazer diferente.
Diferentona A escola Zumbi dos Palmares obteve a melhor nota do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de Camaçari e aparece entre as melhores do país. Localizada na área do terreio Lembá, que também gerencia as atividades da escola, a Zumbi pontuou com nota 6.2, bem acida da média do município que foi de 5.1. Escola que tem como fundador e mentor o sacerdote Tata Ricardo Tavares, vem se destacando no Ideb desde a sua criação, em 2011.
Diferentona 2 Apesar de referência, unidade localizada na Via Cascalheira (BA-531) não tem recebido o apoio necessário da prefeitura. Dificuldades vão da aquisição de material escolar, acesso à internet a melhorias na estrutura física da unidade. Conta de subtrair se amplia com a redução em cerca de 40 alunos dos antigos 200 estudantes, por conta do corte no transporte escolar que deveria ser assegurado pelo município.
Retratinhos Cleiton Santos, do partido da Causa Operária (PCO) e Lázaro José Rios, Lazinho do PMB (Partido da Mulher Brasileira), são os novos nomes na lista de candidatos a alcaide de Camaçari, nas eleições de 6 de outubro. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os candidatos preencheram todos os requisitos, inclusive com a realização de convenção partidária. Se juntam a Cleiton Pereira (Novo), Flavio Matos (União), Luiz Caetano (PT), e Oswaldinho Marcolino (MDB).
Referência O debate político e a defesa da cidadania em Camaçari perderam no sábado (17) um dos seus principais personagens. Amada e odiada, a microempresária Fabiana Franco, 44 anos, era voz forte, firme e honesta na luta em defesa do meio ambiente e das coisas da cidade, em especial da sua querida e descuidada Arembepe.
Referência 2 Vai fazer falta a sua coragem de peitar poderosos e enfrentar sem medos quem ameaçasse sua luta maior. Não desistiu nem quando a sua defesa mais ampla do coletivo sofreu ataques. Mulher e liderança, guerreira como poucas e poucos, persistiu até ser compreendida. Independente de posição ideológica e suas mudanças de trajetória num espectro político municipal onde suas lideranças maiores nunca exibiram um caminho de coerência, Fabiana era presença que não pode ser esquecida, muito menos diminuída. ´Que venham novas Fabianas`. Esse foi o pedido ecoado durante seu sepultamento, domingo (18), no cemitério de Vila de Abrantes.
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
20/08/2024 Fechamento: 12h52
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Impulsionamento Apesar de ser o quarto colégio eleitoral, com menos eleitores e população que Feira de Santana e Vitória da Conquista, respectivamente, segundo e terceiro no estado, Camaçari, com população superior a 300 mil habitantes e 203 mil eleitores, só fica atrás de Salvador na tabela de gastos eleitorais oficiais estipulados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para prefeito e vereador.
Impulsionamento 2 A campanha eleitoral em Camaçari terá como limites de gastos pouco mais de R$ 4,1 milhões para os candidatos a prefeito. Esse valor, estipulado pelo TSE, pode chegar a R$ 6 milhões em caso de segundo turno. Já o teto de gastos por cada candidato às 23 cadeiras de vereador é de até R$ 317,8 mil.
Impulsionamento 3 Na comparação com a capital, com cerca de 4,1 milhões de habitantes e 2 milhões de eleitores, portanto 10 vezes mais que Camaçari, cada candidato a prefeito de Salvador, poderá gastar até R$ 30 milhões, caso a disputa vá para o segundo turno. Já o máximo oficial para cada postulante às 43 vagas no Legislativo da capital chega a R$ 586,9 mil.
Impulsionamento 4 Já a cidade de Feira de Santana, com pouco mais de 600 mil habitantes e ultrapassando os 420 mil eleitores, terá teto para prefeito em R$ 2,3 milhões e mais R$ 939 mil em caso de segundo turno. Ainda segundo o TSE, cada candidato a uma das 21 vagas no Legislativo Feirense poderá gastar, oficialmente, até R$ 98,8 mil.
Impulsionamento 5 Terceira no ranking populacional, Vitoria da Conquista, com mais de 340 mil habitantes e cerca de 250 mil eleitores, terá teto de gastos para prefeito de R$ 856,9 mil e mais R$ 342,7 mil em caso de segundo turno. Para os que disputam as 23 cadeiras de vereador o limite máximo oficial de gastos é de R$ 88,7 mil.
Impulsionamento 6 Números, com base na conta do TSE, mostram que não apenas o critério população, mas gastos nas campanhas anteriores contam, e muito, nessa equação. Registros oficiais seguramente ficarão distantes dos gastos reais. Em setembro do ano passado a Coluna projetou gastos em torno de R$ 40 milhões, para cada uma das duas grandes candidaturas (Confira).
Impulsionamento 7 Disputa para vereador terá 244 candidatos. Aplicando R$ 50 mil como média por candidato ao Legislativo, conta totaliza R$ 12 milhões. Restam cerca de R$ 28 milhões para chegar aos cerca de R$ 40 milhões projetados pela Coluna como gastos das chapas dos times governistas, com Flavio Matos (União) na cabeça; e o oposicionista, três vezes alcaide e candidato ao quarto mandato, Luiz Caetano (PT). Estrutura/mobilização, verdadeiro leque onde se inclui tudo quanto é despesa, deve representar a maioria desse custo que nunca se saberá ao certo. Afinal...
Retrato Quarta-feira (14) tem pesquisa eleitoral oficial sobre a sucessão em Camaçari. Realizada pelo instituto Real Time Big Data, por encomenda do site Bocão News, levantamento tinha previsão de ser divulgado nesta segunda-feira (12). Ação na Justiça Eleitoral por parte do candidato do Novo, Cleiton Pereira, que não era citado no questionário, obrigou o instituto a ampliar o prazo da coleta de dados com a inclusão do quarto nome, ao lado de Flavio Matos (União), Luiz Caetano (PT) e Oswaldinho Marcolino (MDB).
Retrato 2 Números devem confirmar a polarização entre os candidatos governista e oposicionista. Também vira tira-teima entre os times azul e vermelho, cada um com números favoráveis, segundo suas pesquisas para consumo interno.
Retrato 3 Na primeira e única pesquisa registrada e realizada em abril deste ano, no município, pelo instituto AtlasIntel, por encomenda do jornal A Tarde, Caetano aparecia com 50,3% das intenções de voto contra 43,8% do presidente da Câmara de Camaçari, o vereador Flávio Matos (União Brasil). Segundo o próprio instituto, diferença de 6,5 pontos percentuais estava ´dentro da margem de erro` e se configurava como `empate técnico`.
Resistência Com mais de 2.400 programas ao vivo, a TV Conect Camaçari completa 9 anos de transmissão. Primeiro via internet de Camaçari, o “Giro na Cidade” é audiência certa nas tardes de segunda a sexta. Para comemorar a marca, o apresentador e criador do programa, o radialista Edilson Alves promete programa especial nesta quarta-feira (14). ´Pimpão`como é carinhosamente tratado pelos colegas, não faz o programa sozinho. A Coluna parabeniza toda a equipe formada por: Elaine Lima (Produção), Sâmia Cordeiro (Direção Geral), Ranis Amarantes (Master), Everaldo Paixão (Designer), Diciele (Fotografia e Podcast), Mário Produções (Reportagens), Antônio Cruz (Repórter Policial), Gilson Farias (Comentarista Esportivo), e Lavínia Souza (Redes Sociais).
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
12/08/2024 Fechamento: 14h54
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Reprovado Mesmo antes da sua inauguração, ainda sem data anunciada, a nova escola em tempo integral, resultado da fusão do Cidade de Camaçari com o José de Freitas Mascarenhas, já carece de reforma das obras concluídas e dadas como prontas. O gradil da arquibancada do ginásio coberto já apresenta problemas. As bases de fixação do gradil cederam ao primeiro uso.
Reprovado 2 A constatação, inclusive com risco de acidentes, foi feita pelas dezenas de alunos que usaram pela primeira vez o novo equipamento para a realização de um torneio de futebol, durante a semana passada. Pelo visto, projeto de fusão, orçado em quase R$ 8 milhões, segundo placa exibida no local, e alertado pelo Camaçarico, em fevereiro de 2022 (Confira), também ganha nota baixa no projeto estrutural.
Reprovado 3 Apesar de considerado um equívoco pedagógico por educadores, projeto de fusão das duas unidades, com a sua transformação num escolão com cerca de 3 mil alunos, segue sem questionamentos e com o silêncio conivente dos sindicatos e entidades de professores do município e do estado. Em março do ano passado (Confira) a Coluna voltou a cobrar um posicionamento das entidades representativas dos educadores no município. Mais uma vez o Sispec e a APLB-Camaçari não compareceram.
Artilharia O juiz Cesar Borges suspendeu a licitação de R$ 1,4 milhão, para recuperação do telhado da Câmara de Vereadores de Camaçari. A decisão do magistrado da Primeira Vara da Fazenda Pública de Camaçari, fruto de ação do Partido Novo e do seu candidato Cleiton Pereira, foi publicada no último dia 2 de agosto. O caso foi notícia na Coluna de 11 de julho (Confira). Agora é aguardar as contestações do Legislativo, presidido pelo vereador e candidato a prefeito, Flavio Matos (Uniãio); da vereadora e candidata a vice na chapa governista, Professora Angélica (PP), e do empresário e seu esposo, Luiz Góes, também citados na ação popular.
Artilharia 2 Desgaste que começou com o telhado do Legislativo pode se ampliar e envolver mais gente. Segundo apurou o Camaçarico, a empresa Kometal também é participante de outras licitações, dessa vez no município.
Ordem unida O radialista Oswaldinho Marcolino (MDB) tem novo vice na sua chapa pela disputa do comando da prefeitura de Camaçari, a partir de janeiro de 2025. Medida do governador Jerônimo Rodrigues (PT), que criou novos critérios para a participação de policiais e bombeiros nas eleições deste ano, deixou o seu vice, Nal Coutinho, impedido de prosseguir na chapa.
Ordem unida 2 Sargento da PM e importante liderança de Monte Gordo, orla do município, Nal definido em convenção que obedeceu todos os critérios legais até a decretação da medida do Governo do Estado, foi substituído pelo pastor evangélico Cristiano Moreira.
Peso O empresário Diego Carvalho protagonizou nos últimos dias um espetáculo que não tem mais espaço na política, seja em Camaçari ou qualquer recanto, por menor que seja. Depois de passar silencioso pelo cenário político municipal nos últimos meses, citado apenas no começo do ano como nome ´sondado` para pré-candidato a prefeito de Camaçari pelo PMB (Partido da Mulher Brasileira), o empresário conhecido como Diego Veículos, anunciou semana passada sua desistência da disputa. Num movimento atípico, o também pastor da Igreja Quadrangular declarou seu apoio ao candidato governista, o vereador e presidente do Legislativo, Flavio Matos (União).
Peso 2 Manifestação que não veio precedida sequer de anúncio, ou qualquer fogeutório de que seria pré-candidato com convenção marcada e etc, o que se espera e faz parte do bê-á-bá da política, em especial nessa era de intensa comunicação e repercussão nas redes sociais, terminou virando um movimento ´fake`. Seu ato, independente do tamanho da sua ajuda eleitoral ao candidato governista, lembra o dito popular famoso na época pré-redes sociais: ´Foi sem nunca ter ido`.
Mistério Mais de 200 mil eleitores e possibilidade de eleições em dois turnos, apesar da polarização PT x União; uma das quatro maiores cidades do estado e listada entre as mais ricas do país. Mesmo com todos esses predicados, Camaçari segue sem o registro de qualquer pesquisa oficial solicitada ao Tribunal Superior Eleitoral.
Mistério 2 As outras três maiores: Salvador, Feira de Santana e Vitória da Conquista já exibem com relativa fartura essas avaliações para a população. Camaçari, segundo levantamento feito até o fechamento da Coluna, não registrou nenhuma pesquisa no TSE. Segue apenas com o disse-me-disse das redes sociais baseados nos levantamentos para consumo interno, onde aparece em posição de vantagem o candidato responsável, direta ou indiretamente pela pesquisa.
Calibre Camaçari registrou 11 assassinatos em julho, segundo levantamento da Coluna, com base em informações postadas na imprensa. Número é extraoficial, já que a secretaria de segurança pública (SSP-BA) não atualizou as estatísticas policiais na sua página na internet. Com os 11 crimes violentos letais intencionais (CLVIs) do mês passado, município soma 93 assassinatos entre janeiro e julho.
Calibre 2 Número de CLVIs em julho é o segundo menor dos últimos 8 anos. Fica atrás apenas de julho de 2022 com 10 assassinatos.
Calibre 3 Se confirmados com os dados oficias, quando forem divulgados, período janeiro/julho deste ano, levantado pelo Camaçarico, soma o menor número de assassinatos dos últimos 8 anos. Fica longe dos 136 de 2023, dos 115 de 2022, dos 135 de 2021, dos 143 de 2020, dos 108 de 2019, dos 114 de 2018, e do recorde de 145 assassinatos registrados nos primeiros sete meses de 2017.
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
05/08/2024 Fechamento:16h38 Atualização:17h33
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Filtro A escolha de Dea Santos para a vice de Caetano não foi uma equação fácil. Fora do radar, apesar de ter sido lembrada há cerca de dois meses, a ex-Republicanos e recém filiada ao PSB tinha como nomes concorrentes mais fortes a educadora Adriana Marcele e a Pastora Anita, ambas do PSD. Indefinição foi mostrada pelo Camaçarico (Confira). Na mira do petista para sua vice aparecia como preferencial um nome do Republicanos. Partido ligado à Igreja Universal só foi descartado na prorrogação, com a pressão do grupo do alcaide Salvador, Bruno Reis (União), candidato a reeleição com ampla margem de vantagem sobre a soma dos adversários.
Filtro 2 Mesmo com sinalização de preferência da deputada federal e esposa de Caetano, a advogada Ivoneide, a educadora Adriana terminou perdendo a batalha. Segundo apurou a Coluna, risco de possíveis perdas de votos devido a dificuldade da candidata em ampliar no segmento evangélico, onde Caetano busca conquistar preciosos votos, ajudou na opção por Dea Santos, dentro do desenho preferencial mostrado pelas pesquisas: mulher, negra e evangélica.
Tabuleiro Fechou o leque das três candidaturas a prefeito de Camaçari com a convenção do MDB, domingo (28). O empresário e radialista Oswaldinho Marcolino confirmou seu nome e do vice, Nal Coutinho. A convenção, na sede do partido, também sacramentou os 24 nomes a vereador: 16 homens e 8 mulheres.
Tabuleiro 2 No sábado foi a vez do petista Caetano oficializar seu nome e da vice Dea Santos (PSB) e seus 126 candidatos a vereador. Batizada de “Coligação da Mudança” conjunto de partidos tem além do PT, unido em federação com o PV e o PCdoB, o PSB, o PSD, o Avante e o Solidariedade, o apoio na majoritária do PSOL. As duas legendas somadas terão 6 candidatos: duas mulheres e um homem pela Rede, e dois homens e uma mulher pelo PSOL.
Tabuleiro 3 O time de partidos da chapa Flavio/Angelica, formado pelo União Brasil, PP, PL PSDB, PRD e Republicanos, vai para as urnas com 144 candidatos, sendo 96 homens e 48 mulheres.
Tabuleiro 4 O primeiro a realizar convenção foi o Novo. Ato no dia 20 oficializou o servidor Cleiton Pereira na cabeça e o dentista Rodrigo Mascarenhas na vice. Partido que começa a se estruturar no município, terá dois candidatos a vereador: Joelma do Social e Vanderlei do Algarobas.
Tabuleiro 5 Mesmo com todo salamaleque, durante a convenção de sábado (27), o deputado estadual Junior Muniz (PT) segue no purgatório do grupo caetanista. Apareceu, fez juras, mas sabe que não terá mais o espaço que contou para a sua reeleição em 2022. Pai de Tarssila Muniz, a dirigente do Agir, que anda de namoro com o grupo de ACM Neto (União), Muniz pode fazer aposta maior em 2026, com uma candidatura a federal. Confirmado o projeto, amplia o fosso com a disputa com Ivoneide Caetano (PT).
Tabuleiro 6 Na vaga de deputado estadual do grupo caetanista, o nome na cabeça da lista é o do vereador Tagner Cerqueira. Com reeleição garantida nas contas dos petistas, o jovem político é apontado como o futuro presidente do Legislativo em caso de vitória de Caetano. Nada mal comandar um orçamento de mais de R$ 160 milhões, justamente no biênio (2025/2026) que fecha com o pleito definidor dos 63 deputados estaduais, dos 39 federais e dos dois senadores.
Tabuleiro 7 O produtor cultural e histórico militante petista, Bispo da Cultura, ficou fora da lista dos 24 candidatos a vereador na aliança entre seu partido, o PV e o PCdoB. Mesmo decepcionado com chefe Caetano, que optou por pela candidatura do cantor Juliano Nunes, com amplo espaço entre jovens e na turma da cultura, Bispo não vai passar atestado, munição para a oposição.
Tabuleiro 8 Reconhecido pelos próprios aliados como candidato com eleição difícil, o articulado e queridio Bispo não ficou de todo fora do processo. Emplacou a esposa Selma como candidata, importante reforço na cota de mulheres da federação formada pelos três partidos.
Chá de alecrim Durante seu discurso, sábado, na convenção que sacramentou a chapa Caetano/Dea para a sucessão em Camaçari, o senador, ex-governador da Bahia e líder do governo Lula, Jaques Wagner, se atrapalhou nas contas e engoliu três anos de gestão do companheiro. Citou os 8 anos, período 2005/2012 de experiência do petista no comando de Camaçari. Esqueceu os três anos (1986/1988) da primeira gestão de Caetano, conhecida pelo slogam ´O povo no poder`.
Verde A juventude do PT de Camaçari segue inventando moda e tropeçando no conceito. A última foi a comparação da vice-presidente dos Estados Unidos, a democrata Kamala Harris, com a vice de Caetano, Dea Santos (PSB). Lá, a americana substitui Joe Biden, atual presidente e sem condições de saúde para seguir na disputa pela reeleição e no enfrentamento do republicano Donald Trump.
Verde 2 Aqui, Dea Santos, com beleza incomparável à americana, é candidata a vice, e não veio para substituir Luiz Caetano, que disputa o quarto mandato de alcaide. O petista, que completa 70 anos a exatos 13 dias do pleito de 6 de outubro, segue sem exibir sinais de problemas de saúde física ou mental.
Espelho No quesito beleza, a vice de Flavio Matos (União), a vereadora Professora Angélica (PP), não fica atrás. Nessa ´eleição`a Coluna aposta no empate técnico.
Profissional A comunicação de Camaçari perde o um grande profissional. Amigo, solidário e dedicado, Klenio Kirk, 53 anos, que também era professor da rede pública, faleceu no domingo (28). Deixa esposa, três filhos.
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
29/07/2024 Fechamento: 18h02
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Reta final O ex-alcaide e candidato ao quarto mandato de gestor de Camaçari, Luiz Caetano (PT), segue sem anunciar o nome para a vice na sua chapa que será sacramentada em convenção no próximo sábado (27), no Clube Social.
Reta final 2 Até o fechamento da Coluna, o nome ainda era mistério para o grupo caetanista. Segundo apurou o Camaçarico, o petista busca um nome novo e dentro da atual base do adversário, o vereador e presidente do Legislativo Flavio Matos (União). Nessa aposta, já ficaram para trás o Republicanos, ligado à Igreja Universal, e o PP.
Reta final 3 Com o ´plano A` inviável, restou ao petista aplicar o ´plano B`. Lista já conhecida e até engordada, como mostrou a Coluna (Confira) se afunilou nos últimos dias e voltou a crescer. Segundo a última atualização, escolha gira e torno dos nomes da educadora Adriane Marcele e da pastora Anita, ambas do PSD. Também não podem deixar de ser incluidos nessa conta os dirigentes do PSD, o médico, ex- vereador e ex-secretário de saúde, Vital Sampaio, tido como o nome do senador Otto Alencar, chefão da legenda. Outro nome, esse com madrinha, é de Fátima Trabiuco, dirigente municipal do PSB e queridinha da deputada federall Lídice da Mata, principal liderança do partido no estado. Hábil e paciente, Caetano pode surpreender. Espera deve durar até sexta-feira, véspera das convenções dos partidos da sua base quando anuncia o nome que será sacramentado no grande encontro de sábado (27), no Clube Social.
Calibre Camaçari, conhecida como sede de um dos maiores complexos industriais integrados do planeta, é mais uma vez destaque negativo com reflexos no mapa mundial dos negócios. Aparece entre as quatro cidades mais violentas do Brasil, com taxa de 82,1 assassinatos por cada 100 mil habitantes. Levantamento da Coluna registrou 202 assassinatos no ano de 2022, o terceiro mais alto desde 2017. Nesses seis anos o ano de 2022 só perdeu para 2021, com 216 assassinatos, e o recordista ano de 2017 com 249 assassinatos.
Calibre 2 Estudo com dados de 2022, realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, conta as mortes violentas intencionais nas cidades com população acima dos 100 mil moradores. Lista inclui homicídios dolosos (incluindo feminicídios), lesões corporais que terminam com a morte da vítima, latrocínios, mortes de policiais e assassinatos cometidos por policiais.
Justíssimo O governador Jerônimo Rodrigues (PT) precisa resgatar uma velha dívida com a memória da segurança pública da Bahia. Pouca gente sabe, mas o complexo policial formado pela Delegacia da Mulher e a 18ª CP, na sede de Camaçari, tem nome e homenageia em decreto do governador Waldir Pires o ex-delegado Antonio Pereira de Matos (1903/1959).
Justíssimo 2 Professor da Direito da UFBA nos anos 1950, o delegado Matos, como era tratado também foi professor das escolas das polícias Militar e Civil. Autor de várias publicações sobre estatísticas policiais, manual de polícia e legislação penal, o delegado Antonio Matos foi secretário interino da Secretaria de Segurança Pública (SSP) e por duas vezes delegado auxiliar, que hoje seria o ´02` na hierarquia da SSP. |
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Partitura rasurada Representante da Filarmônica 28 de Setembro contesta informação postada na Coluna (Confira), que cobra mais apoio ao grupo musical com 33 primaveras completadas no último mês de abril. Em ´Nota de esclarecimento`, postada na sua página nas redes sociais, e reproduzida ao lado, a entidade fala em “informações incorretas”, diz não conhecer o “suposto repórter”, muito menos saber da existência do site que tantas notas postou cobrando justamente o apoio da prefeitura de Camaçari ao importante trabalho da Filarmônica 28 de Setembro.
Partitura rasurada 2 Não satisfeito com a nota pública, grupo que atualmente lidera as ações da entidade envia correspondência ao editor. Assinados por Eduardo Pereira, que se apresenta como “Representante da Filarmônica”, e-mails pedem a retirada da postagem, fazem ameaças com a adoção de medidas judiciais. Prossegue na sua tentativa de censura, crime previsto na Constituição Federal, ao avançar até sobre o direito de sigilo da profissão, quando solicita a identificação das “fontes de informação utilizadas na elaboração da referida matéria”, como se não fosse possível constatar a olho nu as dificuldades do grupo musical.
Partitura rasurada 3 Afinal, o que mudou? A entidade ganhou a sede prometida pelo atual alcaide, ainda na sua primeira gestão? Está com os instrumentos renovados e novo fardamento? E o cachê de pouco mais de R$ 100 reais por apresentação, só maior que o valor pago a seguradores de bandeira e panfleteiros da política, é digno para remunerar o trabalho artístico dos cerca de 30 profissionais da Filarmônica 28 de Setembro?
23/07/2024 Fechamento:12h
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Novela Depois de aparecer como provável nome para compor o primeiro escalão da gestão do petista Luiz Caetano, caso seja eleito para o quarto mandato de alcaide de Camaçari, nas eleições de outubro, a urbanista Juliana Paes agora é listada como nova personagem na trama.
Novela 2 A Coluna apurou que a jovem técnica entra no radar da cúpula caetanista como nome para vice na chapa oposicionista. Filiada recentemente ao PSB, a ex-titular da pasta do desenvolvimento urbano (Sedur), na primeira gestão do alcaide Antonio Elinaldo, Juliana Paes também foi assessora responsável pelo coordenação da atualização do PDDU de 2008, no segundo governo Caetano (2005/2008). Uma das responsáveis pelo plano de governo 2025/2028 do petista, Juliana deixou recentemente a assessoria do vice-governador Geraldo Junior (MDB).
Novela 3 Além da urbanista, lista das pretendentes à ´noiva` na vice do petista segue com a professora Adriana, do colégio Dom Pedro, a pastora Anita e a educadora Vitalina, que mesmo perdendo força, como Estelita de Cristo, se mantêm no cenário.
Novela 4 O ex-alcaide Caetano tem exatos 13 dias para anunciar o nome da(o) vice na sua chapa. Esse é o prazo encerrado no próximo dia 27, data da convenção da sua base de apoio, formada pelo PT coligado em federação com o PV e o PCdoB, e pelas legendas PSB, PSD, Avante e Solidariedade.
Novela 5 Mas, caetanistas acostumados com o mistério do líder, falam até em novos capítulos e, quem sabe, um novo personagem anunciado num segundo evento, depois da grande convenção, daqui a dois sábados, no Clube Social. Lei permite oficialização do candidat(a)o a vice até dia 5 de agosto. Seria uma segunda festa, dizem os caetanistas que esperam cheios de alegrias e fé o movimento do chefe, seja ele qual for.
Primeira classe O ex-vereador Cleber Alves (Solidariedade) reclama da Coluna por aparecer “sacramentado como fora do páreo” na lista de postulantes a vice na chapa do petista Luiz Caetano. Protesta contra a nota ´Dança das cadeiras` postada no último Camaçarico (Confira), e diz que segue vivo e pronto para somar, principalmente no eleitorado da orla. Garante ser o cabo eleitoral da região com maior potencial de transferência de votos para a chapa oposicionista.
Primeira classe 2 Cleber Alves também admite que pode desistir, mas acredita que tem como alternativa o nome da sua esposa Marcia Alves, hoje pré-candidata a vereadora pelo PT. Pela sua construção, proporcional ao tamanho que garante possuir, a esposa iria para vice e ele disputaria uma das 23 cadeiras no Legislativo.
Modus operandi Finalmente, quase dois anos depois, a secretaria de infraestrutura da prefeitura de Camaçari (Seinfra) resolveu respeitar as pessoas com dificuldade de mobilidade. Depois de muita cobrança da Coluna (Confira), para que a gestão do alcaide Antonio Elinaldo (União) cumprisse a Lei, a região do museu, localizado no entorno da antiga estação de trens e coração da cidade, começa a ganhar rampas de acessibilidade.
Modus operandi 2 Além do risco de acidentes provocados pelos atuais acessos, totalmente fora dos padrões exigidos pela legislação federal que regula a construção desse tipo de equipamento, a gestão comandada pela toda poderosa doutora Joselene Cardin cometeu outro crime grave. Queimou dinheiro público construindo rampas improvisadas, verdadeiras armadilhas para cadeirantes e outras pessoas com deficiência (PcD).
Modus operandi 3 Fazer, desfazer, refazer e novamente anunciar o faz-de-conta que está construindo pela primeira vez é regra antiga na gestão municipal de Camaçari. Para alegria dos empreiteiros, modelo de operação é pilar dessa, das gestões anteriores, e tem tudo para seguir imexível.
Ignorada Símbolo da cidade, a Filarmônica 28 de Setembro completa 33 anos neste ano eleitoral da graça de Camaçari. Mesmo esquecida e esperando o cumprimento das promessas, o grupo com cerca de 30 músicos segue referenciando os eventos oficiais sem o devido reconhecimento.
Ignorada 2 Formam essa partitura invertida a prometida sede, a renovação dos velhos e cansados instrumentos, e o surrado fardamento. O vergonhoso cachê de pouco mais de R$ 100 por apresentação completa essa desafinação.
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
15/07/2024 Fechamento: 16h01
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Nebulosa O mês de julho chegou nada positivo para a chapa governista à sucessão em Camaçari. Prenúncio de temporal começou com as denúncias do pré-candidato a prefeito do partido Novo, Cleiton Pereira, que acusa o presidente do Legislativo, Flavio Matos (União) de autorizar uma licitação cheia de estranhezas. Caso atinge diretamente a vereadora Professora Angélica (PP), pré-candidata a vice-prefeita na chapa governista.
Nebulosa 2 De acordo com Pereira, a licitação de R$ 1,4 milhão, para recuperação do telhado da Câmara de Vereadores de Camaçari, vencida pela Kometal, do esposo da vereadora Angélica, o empresário Luiz Góes, merece uma investigação mais profunda. Empresa foi a segunda no certame, mas venceu com a desclassificação da primeira colocada, a Camaçari Service LTDA.
Nebulosa 3 Segundo apurou a Coluna, o caso virou ação popular na Primeira Vara da Justiça de Camaçari e também anda no Ministério Público, onde o dirigente do partido Novo pede a investigação de todo o processo de licitação, iniciado em dezembro do ano passado e concluído em março deste ano. Ainda segundo a denúncia, o empresário, mesmo com o nome fora da empresa, segue respondendo pela Kometal com seu telefone pessoal e contatos pelo whatsApp.
Nebulosa 4 Cleiton Pereira, que é servidor concursado da superintendência de trânsito e transportes (STT), e já ocupou cargo de segundo escalão no governo do alcaide Antonio Elinaldo (União), destaca uma série de coincidências. Na sua denúncia feita ao MP, Pereira fala em favorecimento direto a familiares do presidente do Legislativo. No documento enviado ao MP, Cleiton e demais denunciantes apresentam a gravação de um Podcast realizado dia 21 de setembro 2023 e comandado pelo empresário e marido da vereadora. Durante a conversa, Flavio Matos comenta sobre a necessidade de reforma do telhado de um hotel pertencente a sua família.
Nebulosa 5 Ainda segundo Cleiton, o caso fica ainda mais complicado com a falta de atitude da vereadora. Não impediu a participação do marido na tal licitação, lembra. Também ignorou sua função como fiscal eleita pelo povo. Como segunda secretaria da Câmara de Camaçari, a vereadora é justamente a número 2 do cargo que tem como função de fiscalizar contratos e outros processos que envolvem o erário público no próprio Legislativo e no Executivo.
Nebulosa 6 No final de junho, durante a passagem do Fogo Simbólico da Independência por Camaçari, a vereadora foi manchete negativa na imprensa e nas redes sociais. Preferiu o silêncio sobre a agressão do seu filho ao historiador Diego Copque, como mostrou a Coluna (Confira). Nem ela, que aciona na Justiça o colega de Legislativo, Dentinho do Sindicato (PT), justamente por agressão, muito menos seu companheiro de chapa, Flavio Matos, se manifestaram. Lista dos que preferiram o silêncio sobre a agressão ao responsável pela inclusão de Camaçari no roteiro da tocha do 2 de Julho também inclui o petista e candidato a alcaide, Luiz Caetano, e sua esposa, a deputada federal Ivoneide Caetanio (PT).
Quebra-cabeça Quem anda agoniado para fechar a chapa é o oposicionista Luiz Caetano (PT). Na disputa pelo quarto mandato de alcaide de Camaçari (1986/1988, 2005/2012), Caetano busca um vice que some na orla, entre os evangpélicos e, se possível seja uma mulher. É o que apontam suas pesquisas internas sobre o perfil ideal para vice. Nome deve ser anunciado até o começo da última semana de julho, para que possa realizar a convenção completa até dia 31.
Quabra-cabeça 2 Caetano pode até realizar a convenção sem sacramentar o(a) vice, o que obrigaria a realizar uma extraordinária até 5 de agosto, prazo final dado pela legislação para a realização das convenções partidárias. Essa segunda alternativa seria um atestado de fragilidade, escorregão que o experiente Caetano não vai cometer.
Quebra-cabeça 3 Se não conseguir um nome novo, a professora Adriana Marcele, do colégio Dom Pedro II, a pastora Anita e a educadora Estelita de Cristo seguem na bolsa de apostas. Já a professora Vitalina, aposta dos elinaldistas, tem perdido força, segundo fontes caetanistas. Sacramentado como fora do páreo está o ex-vereador Cleber Alves. Vai disputar uma cadeira no Legislativo pelo Solidariedade.
Dança das cadeiras As convenções partidárias para a definição oficial dos candidatos a vereador nas eleições de 6 de outubro vão ter alegrias e chororô. Na base governista, formada pelo União Brasil, PP, PL PSDB, PRD, PDT e Republicanos, as convenções acontecem dia 24, a partir das 18h, no Clube Social. Serão escolhidos 144 candidatos às 23 vagas no Legislativo, já que o PDT não terá os 24 candidatos a vereador a que cada partido tem direito.
Dança das cadeiras 2 Das 144 vagas no time azul estão garantidos os 16 vereadores candidatos à reeleição e os 5 suplentes que assumiram os mandatos até o final e março. As 123 vagas restantes serão divididas por cerca de 170 pré-candidatos, conta que deixa de fora cerca de 40 nomes.
Dança das cadeiras 3 Já na base oposicionista, formada pelo PT, que encabeça a federação partidária com o PV e o PCdoB, PSB, PSD, Avante e Solidariedade, 3 vereadores estão com vagas asseguradas. Restam, portanto, 117 vagas no time vermelho. Com cerca de 140 nomes, conta deve excluir 20 pré-candidatos para fechar nos 120, resultado da multiplicação das 24 vagas pelas 5 legendas.
Dança das cadeiras 4 Só alegria e otimismo para quem entrar nessas listas. Já os cerca de 60 que devem ficar de fora, vai ser puro esperneio. Com a definição dos 260 finalistas, começa a fase da pescaria dos que estão dentro mirarem os potenciais apoios dos que foram rifados e agora passam a condição de cabo eleitoral. Não vão faltar lencinhos de todos os tamanhos e cores para consolar os chorões.
Calibre Levantamento da Coluna, com base em informações postadas na imprensa, mostra que o mês de junho em Camaçari registrou 10 assassinatos. Número extraoficial, já que a secretaria de segurança pública (SSP-BA) só informa na sua página as estatísticas policiais até abril deste ano, mostra que o mês passado registrou menos da metade dos 22 crimes violentos letais intencionais (CVLI) contados no mesmo período de 2023.
Calibre 2 Com base nos números de maio e junho, apurados pelo Camaçarico, somados aos quatro primeiros meses deste ano, informados pela SSP, município conta 81 assassinatos nos seis primeiros meses de 2024. Se confirmados com a divulgação dos números oficiais, dados de junho deste ano estão entre os menores dos últimos 7 anos, iguais ao mesmo mês de 2020 e 2019.
Calibre 3 Como mostrou a Coluna no mês passado, os números da SSP não batem com os apurados pela imprensa local. Checagem do Camaçarico (Confira) mostrou 45 registros, uma diferença de 26 assassinatos a mais que os 71 CVLIs oficiais no período janeiro/maio.
Calibre 4 Apuração da Coluna também mostra que o primeiro semestre deste ano aparece com o menor registro de CVLIs dos últimos 8 anos (2017/2024). Os 81 registros não oficiais ficam longe dos 109 de 2023, 105 (2022), 121 (2021), do recorde de 132 assassinatos em 2020, dos 86 registros em 2019, dos 101 em 2018, e dos 124 contados em 2017.
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
11/07/2024 Fechamento: 12h02
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Pressão O vereador Dentinho do Sindicato (PT) corre atrás do prejuízo com pedido de embargo de declaração na 171ª Vara Eleitoral, em Camaçari. O recurso, segundo fontes da Coluna, não muda a decisão da juíza Marina Rodamilans que o condenou por crimes de importunação sexual e constrangimento à vereadora Professora Angélica (PP). Para alteração da sentença, a defesa do vereador vai ter que recorrer ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE). O caso Dentinho se arrasta desde 2022 (Confira) e virou a primeira condenação por violência política de gênero na Bahia e a terceira do Brasil.
Pressão 2 Em nota distribuída para a imprensa, o petista destaca o que chama de "uso político da acusação", contesta as alegações de prática de crime e garante que as imagens dos vídeos comprovam sua inocência. Em seu favor também destaca as proposições na defesa dos direitos das mulheres, em especial vítimas de crimes, crianças e adolescentes.
Pressão 3 A ação, que corre em segredo de Justiça, tem decisão a pouco mais de três meses das eleições. Seguramente, não é uma boa propaganda para o vereador que disputa o terceiro mandato, em especial no eleitorado feminino.
Problema Outro caso de violência, dessa vez envolvendo o filho da vereadora professora Angélica (PP), pré-candidata a vice-prefeita na chapa do colega de Legislativo, Flávio Matos (União), ganhou ampla repercussão e repúdio nas redes sociais. O professor, pesquisador e escritor Diego Copque foi agredido verbalmente e com gestos intimidadores pelo filho da vereadora, durante o ato oficial da passagem do Fogo Simbólico da Independência, na tarde do ultimo domingo (30), em Camaçari.
Problema 2 O lamentável exemplo de brutalidade por parte do filho da vereadora, que tem um discurso de combate à violência, aconteceu no espaço principal do ato cívico. Presenciada por diversas autoridades, que nada fizeram para conter o agressor, a manifestação de despreparo do filho da vereadora Professora Angélia só anaboliza a disputa política com desgaste para a chapa governista.
Aleijão As queixas da população sobre a sujeira e a desordem provocadas pelos barraqueiros na orla de Jauá não conseguem sensibilizar a secretaria comandada pela doutora Andrea Montenegro. Mesmo formalizadas com protocolo e etc, na pasta do desenvolvimento urbano (Sedur), as reclamações sobre mesas, cadeiras e outros equipamentos espalhados e amontoados, dia e noite, no calçadão da praia não encontram eco na fiscalização.
Aleijão 2 Na Camaçari de ontem, de hoje, e tudo indica a partir de 2025, defender a legislação com o ordenamento da cidade não é bom negócio eleitoral. Brigar com o barraqueiro/eleitor a exatos 95 dias das eleições municipais não é uma boa prática para quem se acostumou com o jeitinho na desordem.
Aleijão 3 Ocupação desordenada do espaço urbano não é exclusividade de Jauá. Arembepe com seus restos de tudo decorando a praia, a sede com todo tipo de comércio, inclusive dos formais, invadindo as calçadas. Esse caos se soma e se institucionaliza com o projeto municipal da ´quiosquelândia`, com distribuição de espaço público a apaniguados políticos, só reforça um futuro pouco provável de ordenamento.
Pertencimento Camaçari, agora roteiro do Fogo Simbólico da Independência da Bahia, fica pelo segundo ano consecutivo fora do grande desfile do 2 de Julho. Ausência nas ruas de Salvador só atesta o faz-de-conta das autoridades do município com a sua história e seu resgate, encenados no ano passado e repetido com mais ênfase neste segundo ano de passagem da tocha da Independência pelo município.
Pertencimento 2 É antiga a queixa da Coluna sobre a ausência de Camaçari no desfile, com suas bandas, como a Bamuca, Fenesp e Fanesc. Diferente da rica e midiática Camaçari, cidades como Belmonte desfilaram orgulhosas no centro histórico da capital baiana. Animados, nem pareciam que os cerca de 30 jovens da Filarmônica Ipiranga enfrentaram 12 horas de viagem. Seguramente viajaram de volta outros cerca de 700 quilômetros de estrada cheios de histórias e orgulhosos por terem ajudado a construir mais um capítulo da história da Bahia.
Sem norte Um ano depois das denúncias do Camaçarico (Confira), a Concessionária Bahia Norte (CBN) segue descuidada com a manutenção das vias sob sua responsabilidade e tarifadas com pedágio. Batizado do Sistema BA-093, conjunto de sete rodovias tem como destaque negativo a Via Parafuso, o mais importante e principal acesso ao polo industrial de Camaçari, o maior complexo integrado do Hemisfério Sul. Com cerca de 130 km de extensão, a rede de rodovias passa pelos municípios de Camaçari, Lauro de Freitas e Simões Filho.
Sem Norte 2 Como registrou em Coluna (Confira), a perigosa buraqueira na Parafuso (BA-535) foi motivo de queixa até na Assembleia Legislativa, segue reforçada pela omissa Agerba. De acordo com informações enviadas à imprensa pela CBN, cerca de 350 mil veículos circularão nas suas pistas pedagiadas e entre os dias 28 de junho e 2 de julho. Número mostra que mais motoristas vão pagar R$ 7,00 (veículo pequeno) para verificar a péssima qualidade do serviço.
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
03/07/2024 Fechamento: 16h25
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Reflexos Pode sair a qualquer momento a decisão da juíza Marina Rodamilans, da 171ª Vara Eleitoral, em Camaçari, sobre o processo movido pelo Ministério Público Eleitoral contra o vereador Dentinho do Sindicato. O petista é acusado de importunação sexual, moral e racismo contra a colega de Legislativo, a vereadora Professora Angelica (PP).
Reflexos 2 Caso seja condenado, Dentinho só terá o caminho do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para reverter a decisão que pode impedir que dispute as eleições de outubro. A ação, que corre em segredo de justiça, teve duas audiências: dias 4 de junho, com duração de cerca de 8 horas; e a segunda no dia 7, essa mais curta, com cerca de duas horas, onde foram ouvidas as testemunhas que não puderam participar da primeira sesssão.
Reflexos 3 Os desentendimentos entre Dentinho e a colega de Câmara de Vereadores não são recentes e se agravaram no final de junho de 2022, como mostrou o Camaçari Agora (Confira)#mce_temp_url#. Apesar da gravidade das denúncias, caso terminou sendo esfriado pela mesa diretora da Câmara de Vereadores, na época presidida pelo governista Ednaldo Borges, como registrou o Camaçarico (Confira).#mce_temp_url# Omissão também terminou gerando desgaste na imagem de outras mulheres com e sem mandato parlamentar e intensa atuação política no município, como registrou Adelmo Borges na sua coluna “A vez de Matildes” (Confira).#mce_temp_url#
Negação A paralização do processo de distribuição dos cerca de R$ 2,6 milhões em recursos federais da Lei Paulo Gustavo (LPG) para investimentos em editais de fomento à cultura em Camaçari virou um problemão para os fazedores de cultura do município.
Negação 2 Com a suspensão por decisão liminar do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), que segundo os autores da ação, visou barrar um esquema de distribuição de verbas para protegidos políticos do grupo governista, se transformou numa dose exagerada e acabou por condenar toda a produção cultural do município. O resultado é que cerca de 120 fazedores de cultura que tiveram seus projetos aprovados ficaram sem os recursos.
Negação 3 Numa disputa onde os interesses dos grupos políticos antagônicos se misturam com a arte, como acontece com praticamente todo tipo de ação em Camaçari, os bandos de teatro, os grupos musicais, os mestres e mestras, os projetos de dança e outras vertentes fundamentais para o fortalecimento e preservação da cultural local, que precisam ficar vivos, experimentam o veneno que não é para eles.
Negação 4 Dose do veneno pode ser fatal, caso a Justiça determine a anulação de todo o processo. Aí literalmente ´dançou` o repasse desses R$ 2,6 milhões em projetos para este ano. Reflexo pode ser ainda maior com a suspensão ou dificuldades para liberação de recursos federais para Camaçari na área da cultura em 2025.
Relógio O cargo de vice na chapa do petista Luiz Caetano segue em aberto e só deve ser anunciado em meados de julho. Prazo é necessário para que seja absorvido pela base. A Coluna também apurou que a convenção deve acontecer até, no máximo, final de julho, para que toda a burocracia da Justiça Eleitoral seja cumprida já nos primeiros dias de agosto, com início da propaganda oficial dos candidatos a vereador com número, CNPJ e todos os detalhes legais em meados de agosto.
Relógio 2 Apuração da Coluna mostra que da lista postada na Coluna de 13 de maio (Confira), apenas os nomes das educadoras Adriana Marcele e Estelita de Cristo, e da pastora Anita seguem com chances, o que não descarta o surgimento de um nome novo.
Relógio 3 Pesquisas sobre o perfil ideal para a missão de ´02` na chapa oposicionista sinalizam uma vice mulher, com inserção na classe média, no segmento empresarial e possibilidades de conquista de espaços entre o eleitorado evangélico.
Relógio 4 Essas seriam as lacunas que Caetano precisa preencher para fortalecer sua chapa, já que o seu partido e legendas aliadas contam com apoio histórico nos segmentos populares de mulheres, na luta antirracista e contra a discriminação de todas as minorias.
Relógio 5 Mesmo com esses parâmetros, o nome pode ser de um homem e até surpreender com a entrada de um novo partido na frente caetanista, hoje alojado na base elinaldista.
Calibre Camaçari registrou em maio o que pode ser o mais baixo número de assassinatos para o mesmo mês nos últimos 9 anos. Número apurado com base em informações postadas na imprensa mostram 12 crimes violentos letais intencionais (CVLI). No mesmo mês de 2023 foram 25 registros; em 2022 (19), em 2021 (20), em 2020 (21), em 2019 (16), em 2018 (18). Apuração da Coluna fecha com os 18 registros de assassinatos em maio de 2017.
Calibre 2 Essa conta pode ser maior, já que a apuração feita pela imprensa local não tem batido com os dados oficiais divulgados com largo atraso pela secretaria de segurança pública (SSP-BA). Dúvidas sobre maio se reforçam com os números referentes ao período janeiro/abril deste ano, divulgados no site da SSP no dia 29 de maio.
Calibre 3 Enquanto que a apuração feita pela Coluna, com base em informações sobre assassinatos divulgados por veículos da imprensa de Camaçari, somou 45 registros entre janeiro e abril deste ano, os números oficiais da SSP mostram uma diferença para mais, com 26 registros, somando portanto 71 crimes violentos letais intencionais. Na comparação em termos percentuais entre os números apurados pela imprensa e os oficiais da SSP a distância para mais é superior a 50%.
Calibre 4 No detalhamento, os números apurados pela imprensa em janeiro mostram 8 registros, enquanto que a SSP contou 13, portanto 5 a mais. O mês de fevereiro em Camaçari bateu recorde com 9 assassinatos contados de forma extraoficial contra 18 registros oficiais, o dobro do divulgado pela imprensa. No mês de março o placar foi de 14 X 22, 8 a mais que as apurações divulgadas pela imprensa. Em abril, a SSP informou 18 assassinatos, 4 a mais que as contas da imprensa que apurou no período 14 mortes violentas em Camaçari.
Calibre 5 Com essa correção nos números, o período janeiro/maio de 2024, com seus 71 assassinatos, 26 a mais que os 45 apurados de forma extraoficial pela imprensa, deixa de ser o mais baixo dos últimos 8 anos. Ultrapassa 2023, com 60 assassinatos; o ano de 2021, com 70; e os anos de 2019 e 2018, cada um com 60 registros de assassinatos em Camaçari. Esse começo de ano fica abaixo do mesmos primeiros cinco meses de 2017, com 112 assassinatos; do recordista ano de 2020, com 122 registros; e 2022 com 93 crimes violentos letais intencionais.
Apagão Será domingo, dia 30, por volta do meio dia, a passagem por Camaçari, do Fogo Simbólico da Independência da Bahia. Estranhamente, a organização da parte da programação do ato, sob a responsabilidade da prefeitura, não conta com a valiosa participação do professor, historiador e pesquisador Diego Copque.
Apagão 2 Mesmo responsável pelos estudos e pesquisas que mostraram a importância da Recôncavo Norte nas lutas contra as tropas portuguesas, com a consequente criação do novo roteiro da passagem da tocha do 2 de Julho, o professor Copque foi ignorado. Só tem sido ouvido pelas organizações dos atos em outros municípios e pela Fundação Gegório de Matos, coordenadora geral de toda a festa da Independência da Bahia que neste 2024 comemora 201 anos.
Apagão 3 Foi a partir das publicações dos livros do professor: “Do Joanes ao Jacuípe – uma História de muitas querelas, tensões e disputas locais” e “A presença do Recôncavo Norte da Bahia na Consolidação da Independência do Brasil”, que os municípios de Camaçari, Mata de São João, Dias D Àvila e Lauro de Freitas passaram a fazer parte dos festejos oficiais que culminam com a grande festa do desfile dos caboclos no 2 de Julho em Salvador.
Apagão 4 Mais uma vez a prefeitura de Camaçari, através da coordenação formada pelas secretarias da cultura (Secult), de governo (Segov), e dos Esportes (Sedel) atesta seu descompromisso com a história e com o professor Copque, principal referência desse importante resgate.
Apagão 5 A Coluna não sabe se os titulares das pastas da Secult, Márcia Tude; da Segov, José Gama: e do atual titular da Sejuv, subsecretário de cultura até o começo de maio, Luciel Neto, leram as 470 páginas dos dois livros que contam a história de Camaçari e sua importância política e econômica desde meados do século 16. Se o fizeram e absorveram as valiosas informações, não deveriam abrir mão da luxuosa colaboração do professor Copque.
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
17/06/2024 Fechamento: 10h55
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Urnas A festejada ultrapassagem dos 200 mil eleitores, o que permite a realização de eleições em dois turnos em Camaçari, está mais para fogos de artifício. Alimentados pelos grupos minoritários envolvidos na disputa: os pré-candidatos Cleiton Pereira (Novo), Oswaldinho Marcolino (MDB), e até bem pouco tempo por Sineide Lopes (Republicanos), agora fora da disputa e de volta com seu partido para a base elinaldista, realidade dos dois turnos dificilmente se efetivará na prática em Camaçari.
Urnas 2 Como registrou a Coluna em julho de 2022 (Confira), projetando essa ultrapassagem dos 200 mil eleitores, disputa não deve chegar ao segundo turno, definido pela legislação eleitoral para 27 de outubro, três domingos depois do pleito do dia 6, quando o eleitor também define numa teclada os 24 vereadores eleitos.
Urnas 3 Desde já polarizada entre o governista, vereador e presidente do Legislativo, Flavio Matos (União); e o ex-secretário de relações institucionais do estado e candidato ao quarto mandato de alcaide da cidade, Luiz Caetano (PT), disputa só confirma tendência de definição no primeiro turno.
Urnas 4 Tendência dos postulantes Cleiton e Oswaldinho é somarem, ainda que de forma indirata, a uma das candidaturas com chances reais. Oswaldinho, se seguir com o nome na urna até dia 6 de outubro, vai gastar seu tempo e espaço na mídia e redes sociais, que não é muito, confrontando de forma clara o oponente Flávio Matos. Já o petista Caetano seguramente sofrerá críticas muito mais leves do aliado no mesmo projeto estadual.
Urnas 5 Essa construção ficou clara, ainda que de forma invertida, por questões óbvias, na fala do irmão de Geddel, o ex-deputado Lucio Vieira Lima. O chefe do MDB na Bahia disse: “Em Camaçari nós temos um candidato que é Oswaldinho. Lá é uma eleição em dois turnos, o que facilita muito. A tendência é o MDB passar para o segundo turno e Caetano vim apoiar. Se Caetano passar para o segundo turno, Osvaldinho vai apoiar Caetano. É simples, não tem muito o que conversar”.
Urnas 6 Na outra trinceira dos sem chances, Cleiton faz movimento inverso, mas com discurso de independência com maior consistência, por conta do distanciamento do governo Elinaldo e da consequente aposta na construção da sua legenda no município. Mesmo assim, terá parte do seu eleitorado, que já não é grande, atingido pela polarização.
Urnas 7 Nessa inexorável disputa ´cabeça, cabeça`, que deve marcar o pleito deste ano, não dá para esquecer o movimento de grande parte do eleitorado e a sua relação com o processo político local. Por comodidade e quase nenhuma identidade, essa massa deve ajudar a deve encerrar essa disputa no dia 6 de outubro. Só os envolvidos diretamente no confronto e os que sempre estão disponíveis a ajudar um candidato em troca de algum benefício, vão fazer volume.
Urnas 8 Perder o último domingo do mês (27), provavelmente de sol, com filas de votação, não é um bom programa. Na sua maioria se lixando para a política, voltar para confirmar um entre dois projetos pouco ou nada conhecidos, questionáveis do ponto de vista de futuro para a cidade, e exibindo claras marcas de manutenção da velha fórmula de poder pelo poder, abreviar esse conta parece ser a lógica.
Pecadores A campanha eleitoral em Camaçari entrou numa nova fase. Com ela se intensificaram as agressões aos adversários, onde os defeitos, erros e equívocos ganham ar de terremoto, fim de mundo. Prática comum em todos os lados, aí com destaque para os dois grupos majoritários que se revezam no poder municipal há quatro décadas, apontar e atirar, muitas vezes com artilharia nada republicana, em especial agora com o efeito amplificado das redes sociais, é muito mais que ignorar o retrovisor. É esquecer que parte importante da estrada que assegura direção confortável na campanha eleitoral foi construída com a ajuda da máqina pública.
Pecadores 2 De olho em compensações futuras, quem comandou a máquina, seja municipal, estadual ou federal, e nunca distribuiu uma benesse, um bem material, uma licençazinha para instalação de empreedimento, seja uma grande estrutura ou uma barraquinha? Quem nunca fez um favorzinho em troca de voto, que atire a primeira pedra.
Transversal A OAB-Camacari realiza dias 12 e 13 de junho o 2⁰ Fórum Cidade. Com ampla agenda de palestras e debates, encontro é aberto ao publico e começa às 18h. Organizado pela comissão de meio ambiente da OAB, fórum contece no auditório da Famec.
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
22/05/2024 Fechamento:
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Incêndio A permanência do advogado Luciel Neto na subsecretaria de cultura de Camaçari (Secult) parece que está com os dias contados. Segundo apurou a Coluna, Neto, como é conhecido e querido no meio artístico e cultural de Camaçari, deve ir para o mesmo cargo na pasta de esportes e juventude (Sejuv).
Incêndio 2 Pasta liderada pelo coronel e ex-comandante-geral da PM, Alfredo Castro, é tida como reduto do vereador Jorge Curvelo (União). Ex-titular da Sejuv até o final de março, quando se desincompatibilizou para voltar ao Legislativo para disputar a reeleição, Curvelo é amigo pessoal de Luciel Neto, que já foi seu assessor no Legislativo.
Incêndio 3 Saída de Neto, atual presidente do conselho de cultura, colegiado formado por representates da classe artística e segmentos da produção cultural da cidade, tem relação direta com a forma de gestão da Secult, comandada com mão de ferro pela secretária Marcia Tude. Considerada imexível, a doutora Marcia é filha do três vezes alcaide de Camaçari, atual vice-prefeito e pré-candidato a vereador, José Tude (União).
Incêndio 4 Crise e desentendimentos da titular com o seu sub é antiga e começa já em 2017, início do primeiro governo do alcaide Antonio Elinaldo (União). Neto, que aparecia como o nome da outra banda de aliados para a comandar a pasta, perdeu a queda-de-braço para Marcia. Num primeiro momento da gestão, Neto ficou fora da subsecretaria e foi nomeado assessor. Troca de cargo, com a confirmação na sub, só veio depois do questionamento da Coluna.
Incêndio 5 Início já sinalizava uma relação difícil que só se complicou nesses sete anos. O último curto-circuito foi provocado com os questionamentos da classe artística e produtores da cidade sobre os critérios de seleção de contemplados pelo edital de apoio cultural da Lei Paulo Gustavo (LPG). Insatisfação, que terminou virando ação na Justiça, foi antecipada pela Coluna (Confira).
Incêndio 6 A exatos 5 meses das eleições e 7 para o final do seu mandato, o alcaide Elinaldo vai precisar de um poderoso extintor para apagar, com o menor dano possível, esse sinistro numa área marcada por equívocos. As labaredas, com demolição de prédios históricos, desmontagem de equipamentos culturais, e muitos outros etc, chegaram à essa altura por conta exclusiva do alcaide que preferiu manter um acordo com comprovado poder de combustão. Não foi por falta de aviso do Camaçarico.
Apagão Parece que o alcaide Antonio Elinaldo (União) não gostou de desfilar segurando a tocha da Independência da Bahia, ano passado, em Camaçari. Esse é o entendimento geral, já que nada foi providenciado por sua gestão para festejar o segundo ano da inclusão do município no ato simbólico que tem seu ponto alto no 2 de julho, em Salvador.
Apagão 2 De acordo com apuração da Coluna, a Fundação Gregório de Matos, responsável pelo planejamento geral da festa, que neste ano comemora 201 anos, continua esperando o ´fósforo` da secretaria municipal de cultura (Secult) para definir o roteiro e toda a logística do Fogo Simbólico. Felizmente, o descuido histórico de Camaçari não encontra extintor nos vizinhos Dias D`Avila, Mata de São João e Lauro de Freitas, que já começam a se mexer para garantir presença na mais importante data da Bahia.
Calibre Camaçari registrou 14 assassinatos em abril. Número apurado com base em informações postadas na imprensa, é igual a março. Em relação ao mesmo mês do ano passado são 5 assassinatos a mais que os 9 contados em abril de 2023. Soma dos primeiros quatro meses de 2024 chega a 45 registros, menos que os 60 crimes violentos letais intencionais (CVLI), contados no mesmo período janeiro/abril de 2023.
Calibre 2 Mesmo com redução dos assassinatos na conta geral, chama a atenção a morte de dois menores de idade nessa lista não oficial de 14 mortes violentas em abril. A Coluna já havia destacado a participação negativa de Camaçari nesse ranking. De acordo com o cruzamento de dados apurados pelo Camaçarico, com base em registros do Instituto Fogo Cruzado, dos 10 adolescentes mortos entre 1º janeiro e 1º de março, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), 5, portanto 50%, aconteceram em Camaçari. Com mais esses dois registros, sem dados dos 30 dias restantes de março, Camaçari conta 12 assassinatos de jovens.
Calibre 3 Na comparação geral de assassinatos nos primeiros quadrimestres dos últimos 8 anos, 2024, com 45, aparece com os menores registros. Em 2017 foram 94 assassinatos, 60 em 2018, 60 em 2019, 91 em 2020, 70 registros em 2021, 74 em 2022, e 60 no ano passado.
Calibre 4 A Coluna lembra que os números não são oficiais, já que a secretaria de segurança pública (SSP-BA) segue sem atualizar no seu site os registros dos chamados crimes violentos letais intencionais (CVLI) no ano de 2024.
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
06/05/2024 Fechamento: 13h21
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Currículos A contestação na Justiça do recente edital de apoio a entidades culturais com recursos federais da Lei Paulo Gustavo (LPG) é apenas mais um na copleção de equívocos da secretaria de cultura de Camaçari (Secult). Como antecipou o Camaçarico (Confira), edital passa longe da transparência e abre uma discussão com prejuízos para todos, em especial para os fazedores de cultura da cidade que ficam sem esse apoio.
Currículos 2 Nesse ´conjunto da obra`, capitaneada pela secretária Marcia Tude e sua briosa equipe de assessores, o conselho municipal de cultura (CMCC) tem papel de coadjuvante, mas não menos destacado nesta encenação. Mesmo com atribuições definidas por lei como “órgão colegiado, de caráter normativo, consultivo, deliberativo, e orientador, que objetiva institucionalizar a relação entre Administração Municipal e os setores da sociedade civil ligados à cultura, promovendo a participação destes na elaboração, execução e fiscalização da política cultural de Camaçari”, a estrutura formada por artistas, produtores e gente ligada ao meio ambiente do setor, nada fez.
Currículos 3 Nessa extensa lista da Secult não dá para esquecer a mais nova trapalhada. Construído sob os escombros do antigo espaço cultural, demolido pela mesma marreta criminosa que também transformou em pó o vizinho casarão centenário que hoje abriga o Arquivo Público, o novo cineteatro pode virar filme proibido para o candidato governista a alcaide, o verador Flavio Matos (União). Segundo apurou a Coluna, essa fita não é cortada antes do dia 5 de junho, prazo permitido para presença de pré-candidatos em inaugurações de obras públicas.
Currículos 4 A confusão na Secult é tamanha que termina atingindo até o três vezes alcaide, atual vice-prefeito e agora candidato a vereador José Tude (União). Afinal, o atraso de uma obra iniciada em 2019 e os imbróglios dos editais não deixam de mexer nas projeções eleitorais do papai da secretária de Cultura.
Currículos 5 Nesse rol de equívocos vale lembrar o abandono do Teatro Alberto Martins (TAM), a paradeira na Cidade do Saber (CDS) e o desmonte da biblioteca Jorge Amado, transformada num mero apêndice da CDS, como registrou o Camaçarico de 1º de novembro de 2017, nas notas abaixo:
Estante Mesmo com a criação de um memorial sobre o maior escritor baiano e a garantia de manutenção de seu acervo de aproximadamente 8 mil exemplares, a mudança da Biblioteca Jorge Amado para dentro da Cidade do Saber não deixa de ser um recuo. Antes instalada em prédio na avenida 28 de Setembro, com fachada e referência, a maior biblioteca pública do município perde sua identidade como espaço de abrigo e disseminação de cultura ao virar mera peça do vistoso complexo de cultura, arte e esportes instalado na rua do Telégrafo.
Estante 2 A Biblioteca que nasceu de uma homenagem de Camaçari precisa voltar a ter o tamanho físico merecido. A economia de algo em torno de R$ 250 mil anuais com aluguel do imóvel onde funcionava a biblioteca, não é referência. Despesa seguramente pode ser comparada com o gasto de 2 assessores do executivo nos mesmos 12 meses.
Currículos 6 A trapalhada com a Jorge Amado só foi refeita parcialmente no final de 2023, com a ida do acervo para um prédio próprio, mesmo assim sem o necessário projeto de adaptação à nova era digital das bibliotecas.
Currículo 7 Outra marca desses quase 7 anos foi a omissão que resultou no equivocado projeto de requalificação da praça da Matriz, na histórica Vila de Abrantes, primeiro espaço urbano da cidade, com data de 1558.
Currículos 8 Apesar do seu poder de exonerar, nomear, trocar, e etc, o alcaide Antonio Elinaldo (União) segue amarrado a acordos políticos de divisão de espaços da gestão municipal que só penalizam a cidade. Incapaz de refazer esse roteiro assiste de camarote mais esse apupo da plateia.
Cabelo e barba Apesar da última pá de cal, jogada no dia 9 de abril, pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, nas pretensões do ex-vereador Val Estilos, de recuperar o mandato cassado em 2021, o político segue influindo no quadro eleitoral de Camaçari.
Cabelo e barba 2 Sem mandato, mas controlando uma poderosa estrutura de atendimentos e favores a eleitores e seus familiares, Val Estilos é presença forte nas eleições para vereador. A troca, em menos de uma semana, do candidato governista a alcaide de Camaçari, o vereador Flavio Matos (União), pelo apoio ao oposicionista, o petista Luiz Caetano, como antecipou o Camaçarico (Confira), vai muito além do simples reforço na majoritária.
Cabelo e barba 3 Val promove uma mexida na base do PSD, partido onde alojou sua candidata a vereadora e herdeira dos seus votos. Com o movimento, aparece como o dono de uma das duas possíveis vagas que o partido conqusitará nas eleições de outubro. O próprio partido aposta nesse potencial, que nas últimas eleições (2020) somou a segunda maior votação para o Legislativo, com exatos 3005 mil apoios.
Cabelo e barba 4 Segundo fontes da Coluna, o PSD aparece com outros nomes que podem surpreender, como Alex da Lexcon, Dr Israel, Carlinhos do Mix, os ex-vereadores João da Galinha e Professora Patrícia, Binbinho da Gleba A, e Mobi Dick.
Espaço O MDB de Camaçari está de sede nova e gás renovado. Foi o que disse o pré-candidato a prefeito pelo partido, o radialista e empresário Oswaldinho Marcolino. Mesmo com 1,7% das intenções de voto, segundo pesquisa Atlas/Intel de março, Oswaldinho disse na sexta-feira (26), durante entrevista coletiva com a imprensa, que segue com chances. Segundo a mesma pesquisa, único levantamento oficial divulgado, Luiz Caetano (PT) e Flávio Matos (União), os dois nomes mais bem posicionados na disputa somam mais de 90% das intenções de voto.
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
29/04/2024 Fechamento: 19h09
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Contramão Três semanas depois de terem deixado os cargos de primeiro escalão na máquina municipal de Camaçari, ainda tem aliado do alcaide Antonio Elinaldo (União) sem querer devolver o carro de representação a que tinha direito.
Contramão 2 Segundo apurou a Coluna, até o fechamento desta edição, a ex-titular da pasta do turismo (Setur), Cristiane Bacelar, não havia devolvido o veículo. Lista dos esquecidos, que só entregaram as chaves neste mês de abril, portanto depois da exoneração do cargo, no final de março, inclui os titulares da agricultura e pesca (Sedap), Antonio Falcão; e da Ouvidoria do município, o também suplente de vereador Zé do Pão.
Contramão 3 A insistência é muito mais que um mero apego ao poder e suas vantagens. Comportamento atropela a legislação eleitoral, com graves implicações mais amplas. O próprio candidato a prefeito do grupo, o vereador e presidente do Legislativo, Flavio Matos (União), pode pagar pelo vacilo do comando elinaldista que não pisa no freio.
Contramão 4 A manutenção de veículo ou qualquer outra vantagem inerente ao cargo após desincompatibilização se caracteriza como abuso de poder político e econômico. Comportamento pode ser punido com multa, cassação do registro de candidatura, ou até a inelegibilidade do acusado caso de seja eleito. No caso de uma ação de investigação judicial eleitoral (AIJE) o benefício pode ser interpretado como vantagem para além do acusado e atingir até o candidato à sucessão do alcaide.
Barbeiragem Não satisfeita com a lista de equívocos na condução da política cultural de Camaçari, como vem mostrando a Coluna, a secretaria de cultura (Secult) acaba de oficializar mais uma derrapada. Carta de Repúdio assinada pelo Coletivo Independente de Cultura de Camaçari (CIC) acusa a Secult de desrespeitar a legislação e suas próprias regras para financiamento e apoio de projetos culturais.
Barbeiragem 2 Em documento datado desta segunda-feira (22), que a Coluna publica na íntegra abaixo, a entidade formada por artistas e produtores culturais da cidade acusa a pasta comandada pela secretária Marcia Tude de descumprir prazos para liberação de verbas federais via Lei Paulo Gustavo (LPG).
Barbeiragem 3 No documento, a CIC cobra transparência da Secult na prestação de contas dos valores recebidos do Governo Federal. São mais de R$ 2,6 milhões repassados para investir em editais de fomento à cultura, denuncia a entidade.
Barbeiragem 4 Ainda de acordo com a denúncia, a Secult sequer acerta na conta de somar, praticando erros grosseiros no cálculo da tabela de classificação dos editais. O descuido é tamanho que nem o critério de cotas definido pelo próprio edital é cumprido.
Barbeiragem 5 Imbróglio se amplia com a ordem de classificação e a falta de comprovações de atuações nas diversas áreas do edital. Um dos exemplo é o Camaçari Audiovisual. Empresas selecionadas não possuem comprovação da realização de produção cinematográfica ou de audiovisual. Documento cita a empresa Musee D`Art LTDA, que sequer possui cadastro/perfil público no Mapa Cultural de Camaçari, exigido no edital.
Barbeiragem 6 Nesse estranho festival de desafinação, até a Bamuca (Banda Municipal de Camaçari), várias vezes campeã baiana em competições musicais, e só, aparece habilitada para a realização de produções cinematográficas e de audiovisuais.
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
22/04/2024 Fechamento: 19h45
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CARTA DE REPÚDIO
À Secretaria Municipal da Cultura de Camaçari - BA,
Nós, integrantes do CIC - Coletivo Independente de Cultura de Camaçari, vimos por meio desta manifestar o nosso veemente repúdio à condução autoritária e irresponsável da Secult-Camaçari no que se refere aos resultados dos editais públicos de cultura da Lei Paulo Gustavo (LPG), publicados no Diário Oficial deste município no dia 17 de abril de 2024. Nesse sentido, manifestamos publicamente a nossa indignação pelos seguintes motivos:
1. DESCUMPRIMENTO DOS PRAZOS
O município de Camaçari foi um dos primeiros a receber o repasse financeiro do Estado da Bahia correspondente às verbas federais destinadas via LPG. No entanto, além de figurar entre as últimas cidades baianas a publicar os editais da LPG, a Secretaria da Cultura de Camaçari tem descumprindo todos os prazos estabelecidos nos editais: Camaçari Audiovisual; Camaçari Criativa; Bolsa Cultural; e Mestres e Mestras da Cultura. Um exemplo disso é o caso do Camaçari Audiovisual, que teve o prazo (já prorrogado) para o dia 01/03/2024 para a publicação do resultado, porém, apenas no dia 17/04/2024 o resultado foi publicado no diário oficial, mais de 45 dias de atraso após a prorrogação.
Esse atraso gera uma série de inseguranças e instabilidade, tanto para fazedores quanto para consumidores de cultura, que não sabem quando e se poderão desfrutar das referidas políticas públicas para a cultura. Com isso, prejudica as atividades profissionais e sociais de diversos setores da cidade de Camaçari, inclusive, economicamente, uma vez que estes recursos ainda não estão em circulação na cidade.
2. ERRO NA SOMATÓRIA DAS PONTUAÇÕES
Pode-se conferir na tabela de classificação, por exemplo, que há uma proposta com 50,7 (análise de mérito) + 6 (bonificação) e que teve a soma publicada como 56,67 (quando a soma desses valores corresponderia a 56,7), enquanto outra obteve 50,3 (análise de mérito) + 4 (bonificação), obtendo o resultado de 54,33 (quando a soma desses valores corresponderia a 54,3).
O referido resultado dos editais apresenta uma série de inconsistências nas pontuações atribuídas aos proponentes (projetos), no qual é possível perceber, inclusive, erros de matemática básica. Esses erros básicos, recorrentes em diversos projetos, suscitam dúvidas sobre a lisura e o rigor do processo de seleção.
3. AUSÊNCIA DE PARECER
Diante das inconsistências da publicação do resultado, diversos proponentes foram à Secult-Camaçari solicitar o parecer com a avaliação detalhada de suas propostas. Porém, nenhum parecer foi expedido para os proponentes, apenas um boletim (produzido às pressas e cheio de erros) com as pontuações atribuídas dentre os quesitos dispostos no barema de seleção do edital.
Entretanto, não há qualquer justificativa ou a assinatura dos pareceristas para confirmar a sua atribuição de notas para os projetos, exceto a da funcionária da Secult, Presidente da CEASC, Guida Schnitman Queiroz (Guida Moira). A ausência deste documento prejudica a possibilidade do embasamento da consistência na argumentação dos proponentes para com os resultados atribuídos aos seus projetos. Além disso, apresenta indícios de manipulação dos resultados na referida seleção.
4. RECURSO PRESENCIAL
A decisão arbitrária da Secult-Camaçari com a necessidade de que os proponentes tivessem que protocolar seus recursos presencialmente, vai na contramão da etapa de inscrição on-line. Desta forma, a Secult propositalmente restringe a possibilidade de que fazedores de cultura da cidade, que moram em distintas localidades (sede, orla e zona rural), possam interpor recursos contra o resultado do edital.
Além disso, diante da surpresa de uma publicação fora dos prazos estabelecidos e sem qualquer aviso prévio, os proponentes foram prejudicados, tendo em vista que tiveram apenas 2 dias úteis para solicitar o parecer (receber o boletim - sem justificativas), construir a argumentação dos recursos e protocolar presencialmente na Secretaria, quando isto poderia ter sido feito também de forma remota, como foi o processo de inscrições.
5. DISCREPÂNCIA DE DADOS
A ordem de classificação surpreendeu negativamente aos artistas e produtores culturais de Camaçari, proponentes com vasto reconhecimento no município, sobretudo, por suas constantes atuações do cenário da cidade, bem como pela alta qualidade dos seus projetos, o que pode ser comprovado em seus currículos e portfólios. Diante desse entendimento público, pode-se perceber que parte significativa dos proponentes contemplados, não estão em conformidade com as prerrogativas do edital. Nesse sentido, no edital Camaçari Audiovisual, empresas selecionadas nas primeiras colocações não possuem em seu histórico a comprovação da realização cinematográfica e audiovisual para serem aprovadas com as mais altas pontuações na "Categoria A".
Por exemplo:
A empresa Musee D`Art LTDA, selecionada na segunda colocação, sequer possui cadastro/perfil público no Mapa Cultural de Camaçari (exigência do edital), além disso, nos anexos do perfil individual da sua representante, consta que a empresa tem sede em Lauro de Freitas (conforme anexos do perfil no mapa cultural de Camaçari), e por esse motivo, deve ser desclassificada;
A empresa Costa Entretenimentos e Produções LTDA possui perfil no Mapa Cultural de Camaçari, porém, não apresentou nenhuma comprovação que justificasse a sua classificação na terceira colocação e, além disso, como não anexou portfólio no Mapa Cultural (exigência do edital), a empresa deve ser também desclassificada;
A Associação Cultural BAMUCA conforme seu perfil e portfólio no Mapa Cultural de Camaçari, não possui qualquer relação direta com a realização cinematográfica e audiovisual, o que não impede a sua inscrição, no entanto, sem experiências comprovadas na área, jamais poderia estar entre as primeiras posições (quarta colocação), sobretudo, concorrendo com propostas e equipes mais capacitadas e renomadas na referida área;
O agente cultural Lucas Mota Santos, selecionado na quinta colocação, possui apenas perfil individual no Mapa Cultural Camaçari, sendo este inadequado para concorrer na presente categoria, reservada para agentes coletivos (sem cnpj), MEI e Empresas (com CNPJ), além disso, no portfólio anexado, o nome desse proponente não é citado em momento algum, deste modo, a sua classificação fere as regras do edital, e o referido proponente deve ser desclassificado.
6. COTAS
No que diz respeito às cotas raciais, a Secult-Camaçari descumpre as regras do edital no que se refere à redistribuição de vagas, de modo que, na ausência de concorrentes habilitados em uma cota, a vaga deve ser transferida para a outra categoria de cotas. Por exemplo: no edital Camaçari Audiovisual, um proponente de cota indígena foi inabilitado conforme a publicação do resultado, porém, a vaga não foi transferida para outro projeto indígena, tampouco para a outra categoria de cota (negra). Com isso, pode ser percebido que um projeto inscrito na ampla concorrência está ocupando indevidamente a referida vaga. Isto precisa ser corrigido com urgência, pois além de um resultado injusto, pode-se perceber uma forma de racismo institucional.
7. APORTE FINANCEIRO
A Secult-Camaçari recebeu o aporte financeiro no valor de R$: 1.769.132,18 para investir em editais específicos para o setor audiovisual, e conforme o site do Ministério da Cultura, atualizado no dia 01/04/2024, o valor em corresponde, a pelo menos, R$: 1.880.315,98. Quanto aos demais segmentos culturais, o valor recebido foi R$: 716.651,41, e o valor atualizado, corresponde a pelo menos R$: 761.382,57. Porém, até o momento, a Secult não informou de que maneira estes recursos serão investidos, bem como dos valores residuais das categorias que não foram preenchidas todas as vagas no edital Camaçari Audiovisual nas categorias "D" e "E".
Vale ressaltar, a grave situação referente ao desserviço prestado pela Secult-Camaçari para com artistas, produtores culturais e servidores do município.
Um exemplo do autoritarismo da Secult se deu no momento em que proponentes se dirigiram à Secretaria para buscar informações e solicitar os pareceres de seus projetos inscritos nos editais da LPG. Nesse episódio negativo, a presidente da CEASC ordenou que os técnicos da Secult se retirassem do local no qual estavam atendendo aos proponentes, conforme pode ser visto no vídeo disponível no perfil do Instagram do CIC - Coletivo Independente de Cultura de Camaçari (@ciccamacari). Portanto, solicitamos uma investigação para elucidar todos os pontos listados na presente carta de repúdio, bem como, para demais irregularidades que possam vir a ser detectadas.
Respeitosamente, convidamos toda a população de Camaçari, bem como os órgãos competentes para participar desse movimento em defesa dos princípios de idoneidade para com a administração Pública.
Camaçari - BA, 22 de abril de 2024,
CIC - Coletivo Independente de Cultura de Camaçari
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Fósforo A menos de três meses dos festejos de 201 anos da Independência da Bahia, Camaçari segue sem definir sua participação no Fogo Simbólico, manifestação que acontece dois dias antes do desfile da Cabocla e do Caboclo, no 2 de Julho, em Salvador. Resgatado no ano passado, graças a luta do professor, historiador e pesquisador Diego Copque, manifestação que celebra a participação do antigo Recôncavo Norte nas lutas contra as tropas portuguesas, segue fora da agenda da prefeitura. Formado pelos municípios de Camaçari, com Vila de Abrantes, Dias Dávila, Mata de São João e Lauro de Freitas, que já começam a se mexer para garantir a passagem da tocha, a hoje região metropolitana de Salvador (RMS) foi fundamental na vitória coroada com o 2 de Julho de 1823.
Fósforo 2 História de apagamento da memória de Camaçari em fase mais recente tem participação especial das titulares das pastas da educação (Seduc), a professora doutora Neurilene Martins; e pela imexível comandante da secretaria da cultura (Secult), Márcia Tude. No ano passado, quando se comemorou o bicentenário da Independência, o projeto de resgate da passagem do Fogo Simbólico por Camaçari, sofreu com o mesmo descaso.
Fósforo 3 No alerta em abril do ano passado o Camaçarico (Confira) cobrava ação do alcaide Antonio Elinaldo (União) e do seu opositor e agora candidato ao quarto mandato de gestor da cidade, Luiz Caetano (PT), na época titular da poderosa secretaria estadual de relações institucionais (Serin).
Fósforo 4 Agora, só resta ao alcaide Antonio Elinaldo (União), andar rápido e providenciar o ´fósforo` se quiser segurar e festejar a tocha, como fez no ano passado. Esse é o roteiro para ajudar a reduzir o ´palito queimado` da gestão, conforme mostra pesquisa do eleitorado camaçariense.
Fósforo 5 Nesse processo de apagamento da história de Camaçari não dá para esquecer o vereador e presidente do Legislativo, Flavio Matos (União). O jovem candidato a prefeito pelo grupo governista perdeu a oportunidade de resgatar a história do Legislativo, outro poder desconectado com a história, como comprovou e sugeriu o professor Copque, em artigo na seção Colunistas (Confira).
Fósforo 6 No comando da Casa Legislativa desde janeiro do ano passado, Flávio Matos seguiu a regra equivocada do antecessor e do predecessor no descuido com os registros da cidade. Além da documentação da própria Câmara de Vereadores, também ignorou o movimento de revisão da data de fundação da cidade e sua importância no mapa da história do Brasil. Estudos e documentos mostram que Camaçari é 200 anos mais antiga, nascida Vila de Abrantes em 1558. Comprovação é relatada em outro artigo do mesmo historiador, postado no Camaçari Agora (Confira).
Fósforo 7 Descaso com a história de Camaçari é marca das últimas gestões municipais. Foi assim com o antecessor de Elinaldo, Ademar Delgado, que herdou um roteiro de apagamento do seu antecessor por dois mandatos seguidos. Luiz Caetano, que já tinha um mandato, não recebeu de Helder Almeida, substituto de José Tude, três vezes gestor e empossado ao final do governo de Humberto Ellery, qualquer referência ou estudo que indicasse esse resgate. São quatro décadas de omissão com sérios prejuízos para os munícipes que só agora começam a conhecer a história de uma das cidades mais antigas e cheias de fatos e registros da sua importância, desde meados do nosso primeiro século de Brasil.
Paredão Tem assunto melhor para debater nesses dias que o baiano Davi na final do BBB-2024. Seguindo a regra de esquecer a cidade real, essa sim o foco necessário, o alcaide Elinaldo, seu candidato Flavio Matos, e o oponente que quer voltar ao poder, o petista Luiz Caetano, estão com as baterias apontadas para a Tv e seus reflexos nas redes sociais.
Paredão 2 A regra é festejar Davi, que até fez propaganda de Camaçari e suas belezas naturais. Com isso, surfam na onda da audiência em busca de uma identidade com o telespectador/eleitor. Nessa narrativa, falam e apostam na vitória da Bahia, do baiano, de um jovem da periferia sem acesso a escola pública de qualidade, sistema de saúde eficiente, e criado distante de outras construções que fazem uma cidade melhor.
Paredão 3 Mais uma vez seguem o marquetingue da ocasião e sua influência na internet e nos gostos do eleitor. Se comportam como meros torcedores/telespectadores sem o poder efetivo de mudança das condições de vida na cidade e seus Davis.
Reprovado Terceirizados das escolas da rede estadual de ensino em Camaçari estão com dois meses (fevereiro e março), sem receber salários, tíquete alimentação e vale-transporte. Só no novo colégio estadual, resultado da fusão do José de Freitas Mascarenhas com o Cidade de Camaçari, número de atingidos se aproxima de uma centena.
Reprovado Na conta dos 12 colégios mantidos pelo governo do estado no município, o número de auxiliares de limpeza, merendeiras e pessoal de apoio pedagógico somam mais de duas centenas. Contratados inicialmente pela empresa de mão de obra "Creta", terceirizados agora estão sob o regime da empresa registrada e com CNPJ como "Confiança".
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
16/04/2024 Fechamento: 14h04
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Números A pesquisa AtlasIntel sobre a sucessão em Camaçari acendeu a luz amarela na campanha do petista Luiz Caetano. Trabalhando com um cenário mais confortável de vantagem sobre o adversário, o vereador Flavio Matos (União), segundo sondagens para consumo interno realizadas nos últimos meses, o placar 50,3% X 43,8% surpreendeu os catanistas.
Números 2 A 180 dias das eleições de 6 de outubro, diferença de 6,5 pontos percentuais de vantagem de Caetano sobre o governista Flavio Matos é um número preocupante para o petista. Divulgada uma semana depois do prazo previsto, e coincidentemente após o prazo para o ´pula-pula`, pesquisa mostra uma diferença pequena, na margem de erro, que para a AtlasIntel “configura empate técnico”.
Números 3 A pesquisa com 600 eleitores, realizada entre os dias 26 e 31 de março, mostra mais números que sinalizam o crescimento do governista. Flávio Matos lidera as intenções de voto entre os evangélicos, entre os mais jovens e na faixa de eleitores entre 35 a 44 anos. Ainda segundo a AtlasIntel, o governista também é o preferido entre os homens, e dispara nas intenções de voto entre as mulheres, como o queridinho de 8 em cada 10 eleitoras entrevistadas.
Números 4 Agora é aguardar os próximos levantamentos para confirmar essa tendência ou mostrar cenário diferente. Nessa conta pesam a gestão do alcaide Elinaldo e a trajetória de Caetano, três vezes gestor da cidade. Até o fechamento da Coluna o instituto não havia informado os números sobre a avaliação que o eleitor faz da gestão do alcaide Elinaldo, também recolhida na pesquisa.
Drible O ex-vereador Val Estilos não quer ficar de fora do Legislativo a partir de 2025. Cassado em 2023 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por abuso de poder político e econômico nas eleições de 2020, vai disputar uma cadeira no Legislativo através da sua esposa, Francisca Sales. Até aí, tudo normal.
Drible 2 O detalhe é que ele filiou a esposa no União Brasil, no último dia 3 de abril. Ato festejado pelo alcaide Antonio Elinaldo e seu candidato a prefeito, Flavio Matos, nas redes sociais, virou fumaça três dias depois. Segundo certidão partidária fornecida pelo TSE, no dia 6, data limite para o ´pula-pula, a esposa de Val Estilos se filia ao PSD, partido da base do adversário do governo e que tem como candidato a prefeito o petista Luiz Caetano.
Drible 3 Conhecido pela sua capacidade de somar votos com seu trabalho assegurando exames, consultas e cirurgias médicas através da associação de apoio à família e ao meio ambiente (Afab), Val Estilos somou 3.005 votos, a segunda maior votação do último pleito para vereador.
Ungido Depois de muita espuma, o Republicanos decidiu ficar na base governista e fechar com o correligionário e candidato a prefeito do alcaide Antonio Elinaldo (União), o vereador Flavio Matos. Negociação com o Republicanos inclui a desistência da pré-candidatura de Sineide Lopes, que vai para a secretaria de relações institucionais (Serin).
Ungido 2 Depois de esvaziar o Republicanos, com a saída do vereador Dedel e de mais de uma dezena de lideranças, diante do arroubo de independência da legenda, Elinaldo faz movimento de retorno e fecha com a cúpula do partido, sob intensa influência da Igreja Universal. Legenda ganha algumas lideranças para somar na conta eleitoral. Movimento garante relativo conforto para a eleição do pastor Luís Claudio Costa. Luizão, como é conhecido, é filho e herdeiro político do vereador Bispo Jair, que não disputa o sexto mandato.
Ungido 3 Já o PDT, esvaziado e fora da órbita de partidos liderados no estado por ACM Neto, sai de cena com a volta do PRD que estava no freezer. Comandado por Áldene Mota, presidente da empresa de limpeza pública (Limpec), legenda tem como candidatos a reeleição os vereadores Dr. Samuka que deixou o Cidadania, e o ex-tucano e atual vice-presidente do Legislativo, Niltinho.
Dobradinha O ex-deputado estadual Bira Coroa deve desistir da candidatura a vereador. Vai apoiar o ex-vereador Téo Ribeiro.
Apenas Sem novidades as substituições de secretários com mandato de vereador e suplentes que deixaram o governo no final de março para a disputa de uma das 24 cadeiras do Legislativo de Camaçari. Posse será no final da tarde desta segunda-feira (8).
Apenas 2 Como mostrou o Camaçari Agora (Confira), a subsecretária Lucia Bichara assume a secretaria do turismo (Setur). Substitui Cristiane Bacelar (PL), que disputa a vereança. Na Ouvidoria sai o suplente e ex-vereador Zé do Pão (PL) e entra a sub de governo (Segov), Ilay Ellery.
Apenas 3 Na pasta de relações institucionais (Serin) entra Sineide Lopes, na vaga de Dilson Magalhães (PP), que volta para o Legislativo. A vereadora Fafá de Senhorinho (União), deixa a secretaria da mulher (Semu). Até o fechamento da Coluna o nome não estava sacramentado. A provável substiututa é uma servidora de carreira do município.
Apenas 4 O coronal Alfredo Castro assume a pasta do esportes e juventude (Sejuv), com a saída do amigo e compadre, o vereador Jorge Curvelo (União). Na saúde (Sesau), o Dr Elias Natan (PSDB) será substituído pelo seu sub, Dr. Luiz Duplat. Fecha a lista o suplente de vereador Antonio Falcão que passa para o seu assessor Diego Neves o comando da pasta da agricultura e pesca (Sedap).
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
08/04/2024 Fechamento: 15h07
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Números Está prevista para as próximas horas a divulgação da pesquisa AtlasIntel, primeira registrada sobre a sucessão em Camaçari. Feito via internet, o levantamento recebeu respostas de 600 entrevistados com base em idade, sexo, nível de escolaridade, moradia e renda.
Números 2 Esse formato virtual, já aplicado em outras cidades pelo instituto, vem municiando as críticas do time governista. Caso confirme a vantagem do ainda secretário de relações institucionais do estado, Luiz Caetano (PT), que tenta o quarto mandato de alcaide de Camaçari, pesquisa não será a primeira notícia desagradável sobre o desempenho do candidato governista Flavio Matos (União).
Números 3 A diferença dessa para as outras sondagens sobre os desejos do eleitorado, feitas para consumo interno e sem a chancela do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), é que essa pesquisa é registrada e pode ser amplamente divulgada. Já as não registradas no TSE têm seus números vazados de forma indireta e sem a eficiência e a amplitude da autorizada.
Cadeado Semana decisiva com a finalização do prazo, próximo dia 6, para troca de partido dos candidatos na disputa de outubro. A chamada “janela partidária”, aberta dia 7 de março, fecha à meia noite deste sábado. Antes disso, provavelmente até o final da tarde do dia 6, para não correr riscos, a lista final estará pronta e enviada ao TSE. Expectativa é de que novas mudanças sejam efetivadas nos dois principais times. Queiram ou não, parte desse cenário final para quem quer ser candidato será influenciado pela pesquisa AtlasIntel. Prazo não acaba o pula-pula dos com cargo ou outras vantagens nas duas estruturas majoritárias na disputa que estão fora da urna. Turma que não quer perder a boquinha só sai do armário na reta final.
Bota-fora O cantor e compositor Guilherme Arantes não quer mais nada com Camaçari. Ou melhor, com o “Litoral Norte de Salvador”, como costuma localizar sua propriedade, agora posta à venda por R$ 2 milhões. O autor de sucessos como “Planeta água” tem usado as redes sociais para anunciar o sítio de sua propriedade em Barra do Jacuípe, litoral de Camaçari, onde funcionou a sua produtora, a Coaxo de Sapo.
Bota-fora 2 Guilherme nega qualquer aborrecimento com o local: “Nenhum episódio sequer de provação ou aborrecimento: lá tudo deu certo, só realizações plenas e gratificantes”, diz na sua página do Facebook. Pacote de venda com “porteira fechada” do imóvel com área total de 6.640 metros quadrados, sendo cerca de 20% da área com construções, inclui mobiliário e outras peças.
Bota-dentro O competente e criativo artista não é o único a tratar Camaçari como extensão de Salvador. Política de separação da sede e zona rural do município, do filé mignon formado por 42 quilômetros de praias, é aleijão alimentado pela especulação imobiliária, e que vem sendo legitimado pelos alcaides do município nos últimos 40 anos.
Bota-dentro 2 Pelo mapa eleitoral e suas possibilidades de vitória de um dos representantes dos grupos oponentes que se revezam no poder desde os anos 1980, não vai ser o futuro alcaide que promoverá essas mudanças necessárias e corajosas. Devolver parte dessas áreas e abrir as praias para o acesso livre da população, como já comentou a Coluna (Confira), não é projeto viável na atual conjuntura política, ganhe quem ganhar.
Bota-dentro 3 Longe desse debate que desagrada e mexe no bolso dos donos de áreas privilegiadas na faixa de mar e proximidades, desenho infelizmente mostra que o sentimento de pertencimento da cidade e o uso das suas riquezas para reforço do bem comum e melhoria da qualidade de vida dos seus habitantes está fora desse pacote.
Calibre Camaçari voltou a registrar crescimento no número de assassinatos em março. Depois da queda em fevereiro, com 9 registros, e as 8 mortes violentas em janeiro, terceiro mês do ano somou 14 registros. Número de março deste ano mostra queda na comparação com o mesmo mês nos sete anos anteriores (2017/2023). Em 2023 foram contados 21 assassinatos em março, 18 em fevereiro e 12 em janeiro.
Calibre 2 Diferente dos dois primeiros meses do ano, quando foram registrados 5 assassinatos de menores de idade no município, a apuração da Coluna, com base em informações postadas na imprensa, não contou nenhum assassinato de adolescente nos 31 dias do mês passado. A Coluna lembra que os números não são oficiais, já que a secretaria de segurança pública (SSP-BA) segue sem atualizar no seu site os registros dos chamados crimes violentos letais intencionais (CVLI) no ano de 2024.
Calibre 3 Divulgados recentemente pela SSP, os registros dos chamados crimes violentos letais intencionais (CVLI) no ano passado em Camaçari foram maiores que os 223 apurados pela Coluna. Segundo número oficiais divulgados no site da SSP-BA, município somou 241 CVLIs, portanto 18 a mais que o apurado a partir de registros postados na imprensa.
Calibre 4 Com esse ajuste nos números, o ano de 2023, com 241 assassinatos, segue como o mais violento desde 2018, portanto dos últimos seis anos. Ficou ainda mais próximo do recorde de 249 assassinatos registrados no município em 2017.
Calibre 5 Levantamento do Camaçarico mostra que em 2022 foram contados 164 assassinatos, 52 a menos que em 2021, com 216 registros. Em 2020 foram 198 mortes violentas em Camaçari, mesmo número do ano anterior (2019). Em 2018 caiu para 173 registros.
Justíssimo O título “Camaçari da Inclusão”, dado pela Câmara de Vereadores de Camaçari ao educador José Hilton Alves dos Santos é o reconhecimento de um trabalho de quase 4 décadas, cheio de dificuldades, poucos apoios e longe dos holofotes e do falso bom-mocismo da política.
Justíssimo 2 Membro e um dos fundadores do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente, Hilton criou em 1985 e mantém, apesar das dificuldades, o projeto inovador de arte e educação para jovens carentes na antiga favela Risca Faca, hoje bairro Cristo Redentor, onde mora. A coordenação da Casa da Criança e do Adolescente, inspirada no seu trabalho, além de outras lutas por uma Camaçari mais igual, também estão no vasto currículo de contribuições dessa figura nascida em Coronel João Sá, mas camaçariense de coração desde os 18 anos.
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
02/04/2024 Fechamento: 12h02
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Portas abertas “Eu voltei, agora pra ficar... Porque aqui, aqui é meu lugar... Eu voltei pras coisas que eu deixei... Eu voltei...” O refrão da música “O Portão”, de Roberto e Erasmo, tem sido cantarolado com mais intensidade nos últimos dias na política de Camaçari.
Portas abertas 2 Está cedo para avaliar o peso eleitoral das adesões dos elinaldistas ao grupo caetanista. Mesmo entendimento se aplica aos vira-casacas que eram tidos como oposicionistas e aderiram ao esquema governista. Com efeito mais psicológico que prático no universo da política, esse momento ´pula pula` não mostra apenas a falta de convicção desses adesistas, prática comum nas últimas décadas em Camaçari. Resultado só pode ser avaliado com a abertura das urnas em 6 de outubro.
Portas abertas 3 Diferente da maioria dos municípios brasileiros, sempre de cuia para os governos federal e estadual, Camaçari é uma cidade com receita financeira diferenciada, por isso mesmo com uma das práticas fisiológicas mais intensas. Essa equação, que de forma simples se resume a cargos e vantagens na máquina municipal, ou ligados a ela, terminou banalizando a prática política que deveria ter como pilar a coerência, a ética e o respeito ao bem público. Para conforto da maioria dos agentes políticos, esse componente da desimportância da política ganha terreno fértil numa cidade de migrantes com pouco ou nenhuma identidade com a cidade e conhecimento do histórico desses personagens e seus líderes.
Portas abertas 4 Com raríssssssssssssssimas exceções, quase todos os atuais personagens envolvidos nessa trama, edição 2024, estiveram em algum momento de um lado, romperam e migraram para a outra banda dessa disputa. E, novamente voltaram para o que negavam como se nada tivesse acontecido. Isso quando não fezem acordos de bastidores com a consequente adesão branca em troca de favores nada republicanos.
Portas abertas 5 A Coluna teria que ter uma edição extra, só com a lista dos que mudaram de lado, saíram atirando e depois voltaram, dessa vez mirando o aliado que até outro dia era o caminho certo para o futuro da cidade. Risco desse rol, de odiados até ´ontem` e ´hoje` festejados como importantes para o projeto de poder, sair desatualizado é altíssimo, tal a volatilidade dessas lideranças e seus desejos de se manter no poder.
Portas abertas 6 Infelizmente, esse processo segue imexível nesses cerca de 40 anos de movimento da política no município. Aquisição de ´passe`de lideranças vem de forma mais intensa desde os últimos anos do governo do alcaide biônico Humberto Ellery (1976/1985), quando se definiu o quadro para a disputa pelo comando da cidade através de eleições diretas em 1985 e posse no ano seguinte. Foi assim com a vitória nas eleições diretas do então emedebista, mas com coração na época batendo pelo clandestino PCdoB, Luiz Caetano, primeiro alcaide da cidade entre 1986/1988.
Portas abertas 7 Esse troca-troca que rege sem cerimônias a política em Camaçari seguiu com os sucessores José Tude (1989/1992) e Humberto Ellery (1993/1996). Prosseguiu nos dois últimos mandatos de Tude (1997/2000 e 2001/2002). Se repetiu com o substituto de parte do seu terceiro mandato, Helder Almeida, entre 2002 e 2004. Prática não foi diferente no segundo e terceiro mandatos (2005/2008 e 2009/2012) de Caetano. O sucessor Ademar Delgado (2013/2016), que depois rompeu com seu criador Caetano, seguiu a mesma cartilha. Cronologia do fisiologismo tem seu último capítulo com a eleição de Antonio Elinaldo, em 2016. No comando do município desde 2017, Elinaldo entrega o cargo em dezembro deste ano.
Portas abertas 8 Para manter esse ciclo em contraponto ao projeto de quarto mandato de Caetano, Elinaldo aposta sua pule no companheiro de legenda, o vereador Flavio Matos. Agora é aguardar para ver quem opera melhor as máquinas e vence as eleições. Um com a municipal e o outro com as engrenagens estadual e federal.
Portas abertas 9 O resultado desse processo, que caminha para se manter a partir de 2025, caso não se promova um debate profundo, está numa cidade violenta, sem um projeto consistente de inclusão da população na produção e na qualificação profissional e no ensino formal. Completa esse descompromisso dessas lideranças o total desprezo pelo sentimento de pertencimento que toda cidade precisa ter.
Portas abertas 10 Sem o planejamento do seu espaço, principalmente das áreas urbanas, necessárias para trazer mais conforto aos seus habitantes, Camaçari segue a velha fórmula do perfil conservador de polo industrial. Ao ignorar as vantagens da exploração das suas outras potencialidades espalhadas pelos seus 785 quilômetros quadrados, e sem uma política de desenvolvimento sustentável, cidade dá mais um passo para o atrelamento ao desconhecido e imprevisível futuro da lógica global.
João Leite Filho joaoleite01@gmail.com – Editor
25/03/2024 Fechamento: 15h25
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