Depois do crescimento do endividamento da população, em especial a mais pobre, com jogos online, as bets, bancos e autoridades começaram a adotar medidas para barrar esse avanço que também compromete os setores do comércio com a redução do poder de consumo, com graves prejuíuzos para a economia do país.
Uma das medidas é a suspensão de apostas pelo cartão de crédito. A medida foi adoytada pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). A proibição já estava prevista para entrar em vigor em janeiro de 2025, porém a diretoria da Abecs optou por antecipar a medida. A estimativa do Banco Central é de que o percentual de uso dos cartões de crédito seja inferior a 15% do total.
O presidente da Febraban, Isaac Sidney também sugeriu ao governo a suspensão do uso do Pix para essa finalidade. Em reunião, quanrta-feira (2), com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o presidente da Febraban propôs que os meios de pagamento instantâneo, no qual o Pix se inclui, fiquem temporariamente suspensos para o pagamento das apostas. Outra opção seria limitar o uso, como já é feito, atualmente, no período noturno.
O Tribunal de Contas da União (TCU) também pretende monitorar as ações propostas pelo Governo Federal para prevenir lavagem de dinheiro, roubo de dados de apostadores e o envolvimento de menores de idade. Entre as justificativas para o monitoramento dos jogos de aposta on-line, está incluído o gasto com apostas de famílias beneficiárias do Bolsa Família. Segundo o relatório do Banco Central, somente no mês de agosto, cinco milhões de pessoas pertencentes ao Bolsa Família gastaram R$ 3 bilhões em bets, via pix.