A pandemia não apenas aumentou o número de pesoas na pobreza. O Covid-19 também deixou os bilionários do mundo muito mais ricos. De acordo com um novo relatório da organização não-governamental britânica Oxfam que produz estudos sobre a desigualdade global.
"Este ano, o que está acontecendo está fora da realidade", disse Danny Sriskandarajah, executivo-chefe da Oxfam. "Houve um novo bilionário criado quase todos os dias durante esta pandemia, enquanto 99% da população mundial está pior por causa de lockdowns, menos comércio e menos turismo internacional. Como resultado disso, mais 160 milhões de pessoas foram empurradas para a pobreza."
O relatório da Oxfam, que também foi baseado em dados do Banco Mundial, disse que falta de acesso à saúde, fome, violência baseada em gênero e colapso climático contribuíram para uma morte a cada quatro segundos. Por causa da covid, hoje 160 milhões de pessoas a mais vivem com menos de US$ 5,50 (R$ 30) por dia. O Banco Mundial usa US$ 5,50 por dia como medida de pobreza em países de renda média alta.
O relatório da Oxfam, que também foi baseado em dados do Banco Mundial, disse que falta de acesso à saúde, fome, violência baseada em gênero e colapso climático contribuíram para uma morte a cada quatro segundos. Por causa da covid, hoje 160 milhões de pessoas a mais vivem com menos de US$ 5,50 (R$ 30) por dia, valçor considerado pelo Banco Mundial como medida de pobreza em países de renda média alta.
Ainda de acordo com o documento, a pandemia está forçando os países em desenvolvimento a cortar gastos sociais à medida que as dívidas nacionais aumentam. A igualdade de gênero sofreu um retrocesso, com 13 milhões de mulheres a menos no trabalho agora do que em 2019 e mais de 20 milhões de meninas em risco de nunca mais voltar à escola. A queda na renda dos mais pobres do mundo contribuiu para a morte de 21 mil pessoas por dia, afirma o relatório. Relatório também informa que grupos minoritários étnicos foram os mais atingidos pela covid.
No início deste mês, o presidente do Banco Mundial, David Malpass, expressou suas preocupações com o aumento da desigualdade global, argumentando que o impacto da inflação e as medidas para combatê-la provavelmente causarão mais danos aos países mais pobres. "As perspectivas para os países mais fracos ainda estão ficando cada vez piores", disse ele. g1