Um levantamento realizado pela Globo mostrou que 24% dos jovens das classes A, B e C com até 30 anos já são empreendedores e 60% querem ter um negócio próprio no futuro. Para 67% ter um negócio para se tornar independentes financeiramente é o principal objetivo, enquanto outros 39% responderam que desejam ter mais autonomia e não ter chefe.
Ainda de acordo com a pesquisa, realizado de 2 a 5 de março, com 1,5 mil pessoas de 16 a 30 anos, 33% dizem que o empreendedorismo dará mais tempo flexível, enquanto outros 31% querem oferecer um produto/serviço inovador no mercado.
Os números do mercado de trabalho apurados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua mostram que os jovens são os mais castigados pela fraqueza da economia, o que ajuda a entender a necessidade desse grupo buscar uma atividade própria.
No primeiro trimestre deste ano, a taxa de desocupação entre a população de 14 a 17 anos chegou a 46,3%; entre os de 18 a 24 anos, o desemprego foi de 31%; e, por fim, de 25 a 39 anos, ficou em 14,7%, mesma taxa observada no conjunto do país no período.
Um mapeamento feito pelo Sebrae ajuda a dar a dimensão de como o empreendedorismo virou uma porta de saída para quem precisa de alguma renda. No ano passado, o empreendedorismo por necessidade foi responsável por 53,9% dos negócios com até três meses de vida no país e voltou ao patamar de 2002. Na leitura anterior, feita em 2018, essa fatia era de 20,3%.
Esse movimento, segundo o Sebrae, tem sido puxado justamente por jovens, mulheres e população de baixa escolaridade. Entre janeiro e abril, 1 milhão de pequenas e micro empresas foram abertas no Brasil. G1