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Bolsonaro testa positivo e entra em quarentena


Bolsonaro se encontrou com ao menos 48 pessoas nos últimos dias

O presidente Jair Bolsonaro afirmou que contraiu o novo coronavírus. O resultado foi anunciado por ele nesta terça-feira (7),  em entrevista a jornalistas de TVs no Palácio da Alvorada. O exame para detectar a covid-19 havia sido feito no dia anterior. "O fato de eu ter sido contaminado mostra que eu sou um ser humano como outro qualquer", disse o presidente, que chegou a tirar a máscara enquanto falava com os repórteres.  Ele não chegou a mostrar o exame.


Bolsonaro se encontrou com ao menos 48 pessoas, entre ministros, deputados, o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, empresários e presidentes de times de futebol, nos últimos oito dias, segundo sua agenda oficial. Em alguns desses encontros, o presidente não usou máscaras e apertou as mãos ou abraçou alguns dos seus interlocutores.


O presidente, que tem 65 anos e faz parte do grupo de risco da doença, disse estar se sentindo bem após apresentar febre de 38ºC no dia anterior. "Baixou (a temperatura) para 36.7 ºC. Estou bem, estou normal. Em comparação a ontem, estou ótimo. Estou até com vontade de dar uma caminhada", disse o presidente. 


Ele afirmou ainda ter cancelado seus compromissos previstos para os próximos 15 dias, mas que pretende continuar trabalhando da residência oficial. "Vou ficar despachando por videoconferência. E assinar alguns papeis aqui."O presidente já deu declarações polêmicas sobre a pandemia o vírus.


Na entrevista, o presidente afirmou que já iniciou o tratamento com hidroxicloroquina, medicamento que não tem eficácia comprovada contra a doença. A hidroxicloroquina, na fase inicial, a chance de sucesso é 100%", afirmou Bolsonaro, que tem defendido o uso amplo da substância em pacientes até como forma de prevenir a covid-19, o que não encontra respaldo entre médicos e especialistas. Segundo ele, o fato de não estar sofrendo com os sintomas mais graves da doença se deve ao uso precoce do medicamento.


Os primeiros sintomas da doença, de acordo com o relato do presidente, começaram ainda no domingo. No sábado, Bolsonaro foi a Santa Catarina sobrevoar área atingidas por um ciclone. Na ocasião,ele teve contato com autoridades locais. "Como tudo isso aconteceu. Começou domingo com uma certa indisposição e se agravou durante o dia de segunda-feira com mal-estar, cansaço, um pouco de dor muscular e a febre no final da tarde chegou a bater 38 graus (Celsius). Daí, com o médico da Presidência e com os sintomas apontando para a covid-19, fomos fazer uma tomografia no Hospital das Forças Armadas, aqui em Brasília, e os pulmões estavam limpos. Não tinha nado de opaco, mas diante dos sintomas a equipe médica resolveu fazer o teste", afirmou.


Mesmo com a suspeita de estar com a doença - confirmada hoje -  ele se aproximou das pessoas e tirou fotos com quem estava em frente ao Palácio da Alvorada. O presidente usava máscara e disse que não podia ter contato muito próximo. 


Assessores do presidente que se reuniram com ele também fizeram exames para coronavírus. Foi o caso dos ministros Braga Netto (Casa Civil), Jorge Oliveira (Secretaria-Geral da Presidência) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo). Eles fizeram o teste rápido, que detecta a presença de anticorpos para o vírus no sangue, mas que só são identificáveis a partir do sétimo dia do surgimento dos sintomas da infecção.


O presidente, que já chamou a doença de "gripezinha" e disse ser resistente por ter "histórico de atleta", já havia realizado três testes para detectar a covid-19. Os exames foram feitos em março, após Bolsonaro voltar de viagem oficial aos Estados Unidos, onde se encontrou com o presidente Donald Trump. Pelo menos 23 pessoas da comitiva brasileira foram diagnosticadas pela doença. Na ocasião, Bolsonaro anunciou que os resultados foram negativo, mas se recusou a mostrar os exames.

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