Acampados desde a terça-feira (11/12), os servidores públicos que ocupam a Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) decidiram que vão continuar no local até a realização da sessão de votação do pacote econômico enviado por Rui Costa (PT). Entre as medidas, os projetos preveem a extinção da Conder, a criação de cargos e o reajuste da alíquota do Planserv de 12% para 14%.
“A avaliação mais consensual é de que precisamos criar um fato político." disse Rui Oliveira, dirigente da APLB. Para manter o plenário ocupado, cada sindicato ficou responsável por trazer de 10 a 15 servidores para a AL-BA. A estratégia foi tomada após a reunião entre as lideranças sindicais das mais diversas categorias. “Cada entidade deve convocar, por WhatsApp ou vídeo, uma grande contingência de pessoas para ficar aqui ou lá fora, mesmo cheio de polícia”, concluiu Rui Oliveira.
A ocupação dividiu as opiniões entre governistas e oposição. “Isso não é uma invasão. Isso é uma manobra democrática exercida pelo povo na casa do povo. Estou aqui em solidariedade a eles. É um projeto pacífico e legitimo, se dependesse de mim, eles ocupariam o plenário até o Ano Novo”, justificou o deputado Targino Machado ( DEM).
Para a deputada Fabíola Mansur (PSB), haveria mais proveito se os representantes dos servidores continuassem a discutir com os deputados nos gabinetes em vez de ocupar o Plenário. “Em relação à ocupação, a gente não concordaria com a ocupação da casa do povo porque não é assim que você dialoga com a casa do povo, mas ocorreu, pressão popular...acho que a gente tem que agora respeitar as pessoas que estão aqui”, acrescentou.